Considerado braço direito de Wallace Lovato, Bruno Valadares de Almeida é apontado pela polícia como o mandante da morte do empresário. O rapaz foi preso na manhã deste sábado (12), em Vila Velha.
Segundo apurou os repórteres Suellen Araújo e André Falcão, da TV Vitória/Record, o contador e diretor financeiro da empresa de tecnologia de Wallace estava dormindo quando os policiais chegaram na residência, que fica no bairro Jardim Colorado, também em Vila Velha.
A prisão causou choque entre os moradores da região, que ficaram surpresos ao saber que ele é suspeito de planejar o crime. O homem de 42 anos foi assassinado com um tiro na cabeça na Praia da Costa, em Vila Velha.
A casa onde Bruno foi encontrado é alugada, cercada por câmeras de segurança, e ninguém atendeu a reportagem após a prisão. O imóvel fica há três ruas do hotel onde o autor do disparo ficou hospedado, segundo a polícia. No local, foram apreendidos uma arma de fogo, um celular, um notebook e joias.
Suspeito trabalhava com empresário há 5 anos
Bruno trabalhava na empresa de Wallace há cerca de cinco anos. O caso é apurado em segredo de justiça, mas a reportagem da TV Vitória/Record apurou que a principal hipótese investigada pela polícia é que o empresário tenha descoberto desvios de dinheiro. Familiares do empresário confirmaram que ele desconfiava do desvio de recursos da empresa.
A frieza do rapaz chocou familiares e amigos. Bruno estava na empresa quando o empresário foi morto e, segundo relatos, demonstrou surpresa com a morte de Wallace. Ele também teria acompanhado o velório do empresário.
De acordo com as investigações, Bruno é suspeito de ter articulado o assassinato de Wallace, que foi executado na saída do trabalho. Ele teria convocado dois intermediários, um deles da Paraíba, que contrataram o motorista e o atirador. Dos cinco envolvidos no crime, um dos intermediadores está foragido.
Quem são os presos pela morte de empresário no ES?
Arthur Luppi foi preso em 17 de junho, em Minas Gerais. De acordo com a polícia, ele confessou que atuou como motorista na hora do assassinato, mas alegou que no momento em que entrou no carro não sabia que os outros passageiros do veículo iriam cometer um homicídio.
Dois dias depois, a polícia prendeu Arthur Neves. Segundo a polícia, ele chegou a Vila Velha três dias antes do crime e foi embora logo após a execução. Ele é da Paraíba e havia sido trazido para o Espírito Santo por um intermediador: Eferson, que se entregou à polícia em 23 de junho.
Ainda segundo informaram os investigadores, Eferson teria contratado Arthur Neves para atirar no empresário. Ele também teria sido responsável por conseguir um dos carros utilizados na fuga dos criminosos após o crime.