A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) se posicionou nesta sexta-feira (12) sobre a prisão do estudante do curso de Ciências Biológicas, detido pela Polícia Federal após ameaçar de morte o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Em nota, a instituição afirmou que repudia qualquer manifestação que incite violência, ódio ou discriminação, e informou que abriu processo interno para apuração dos fatos.
Segundo a Ufes, o caso foi encaminhado para a Diretoria de Prevenção, Mediação de Conflitos e Correição, unidade responsável pela investigação e pelas providências cabíveis. A universidade ressaltou ainda que a prisão do aluno não ocorreu dentro do campus.
“O processo está em andamento e somente após a conclusão será possível definir os encaminhamentos”, destacou a Administração Central da instituição.
Entenda o caso
O universitário foi preso pela Polícia Federal na tarde de quinta-feira (11), no interior do Espírito Santo, após representação de Nikolas Ferreira pela continuidade das investigações.
Ele foi levado à Delegacia da Polícia Federal em São Mateus, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo crime de ameaça, previsto no artigo 147 do Código Penal.
O estudante foi liberado em seguida, mediante o compromisso de comparecer ao Poder Judiciário, e contou com a assistência de um advogado durante o procedimento. A PF informou que instaurou um inquérito para apurar outros fatos relacionados ao investigado, além de possível envolvimento de terceiros.
As ameaças foram enviadas por meio da rede social X, em resposta a comentários feitos por Nikolas Ferreira sobre o assassinato do ativista de direita Charlie Kirk, nos Estados Unidos. O deputado afirmou que recebe ameaças desde 2023 e que, apesar de alguns pedidos de desculpas, ainda é alvo constante de mensagens desejando sua morte.