Em nova fase da Operação Panaceia, deflagrada nesta quarta-feira (04) no Sul do Estado, foram realizadas duas prisões e cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Os mandados são relativos a pessoas que, de alguma forma, auxiliaram outros investigados para que os crimes não fossem descobertos.
Entre os presos está o vereador de Cachoeiro do Itapemirim, Dário Silveira Filho (PSDB), de 43 anos, e um funcionário de uma farmácia.
Procurada pela reportagem, a Câmara Municipal de Cachoeiro informou que não vai se manifestar sobre o assunto, já que não foi informada oficialmente sobre a prisão do vereador.
A assessoria de Dário Silveira foi procurada pela reportagem, mas não foi localizada para falar sobre a prisão.
Também foi recolhido um equipamento para pagamento por meio de cartão de crédito e débito, apreendido pela Sefaz por encontrar-se em local diferente do que estava autorizado a funcionar. As investigações, que tiveram início em junho de 2015, apontam fraude fiscal superior a R$ 100 milhões.
Prisões
Com as duas prisões realizadas nesta quarta-feira (08), sobe para oito o número de detidos que continuam em prisão temporária. O promotor de justiça de Cachoeiro, Luiz Agostinho Abreu da Fonseca, coordenador do Gaeco Sul (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), disse que em até 15 dias o MP vai oferecer denúncia para parte dos presos na Operação Panaceia.
Investigações
Realizada pelo Ministério Público do Estado, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Sul) e da Promotoria de Justiça de Cachoeiro de Itapemirim, Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Vigilância Sanitária e do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, a Operação visa desarticular uma associação criminosa suspeita de atuar na distribuição e venda de medicamentos sem emissão de notas fiscais no Sul do Estado.
A primeira fase da Operação Panaceia aconteceu no dia 20 de junho, com a consumação de seis prisões e 22 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais dos investigados.
As investigações, que começaram em junho de 2015, também objetivam desarticular a venda indiscriminada de medicamentos de uso controlado e de origem duvidosa, bem como de medicamentos de uso proibido, sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Crimes
Os envolvidos vão responder por crimes contra o patrimônio (receptação), contra a saúde pública, fiscais e eventual crime de tráfico de drogas permitidas, que são os medicamentos de uso controlado, que podem causar dependência, mas que estavam sendo vendidos indiscriminadamente.
Operação Panaceia
Panaceia é uma palavra com origem no grego panákeia, sendo que pan significa “todo” e ákos significa “remédio”. Desta forma, a palavra indica uma substância que cura todas as doenças. Na mitologia grega, Panaceia era a deusa da cura, irmã de Hígia, deusa da saúde e higiene.
