Polícia

"Vítimas de ataque no Morro da Piedade eram inocentes", afirma secretário

O secretário relatou que os ataques ocorridos no Morro da Piedade foram realizados por jovens reunidos em grupos, que acessaram o local pelo Morro da Capixaba

“Vítimas de ataque no Morro da Piedade eram inocentes”, afirma secretário “Vítimas de ataque no Morro da Piedade eram inocentes”, afirma secretário “Vítimas de ataque no Morro da Piedade eram inocentes”, afirma secretário “Vítimas de ataque no Morro da Piedade eram inocentes”, afirma secretário
Foto: Reprodução/Facebook
Fabrício Almeida, de 18 anos, foi morto durante ataque no Morro da Piedade

O Secretário de Segurança do Espírito Santo, Coronel Alexandre Ramalho, afirmou serem inocentes o rapaz de 18 anos morto, identificado como Fabrício Almeida, e outras duas pessoas baleadas durante ataque no Morro da Piedade, em Vitória, na quinta-feira (11).

O secretário relatou que os ataques ocorridos no Morro da Piedade foram realizados por jovens reunidos em grupos, que acessaram o local pelo Morro da Capixaba. “Estava ocorrendo uma reunião familiar em uma determinada casa e eles tinham informação de que o alvo que eles queriam estava ali. Esses, por sua vez, que eram os alvos deles, conseguiram fugir, mas as pessoas que foram atingidas e estavam naquela casa foram atingidas. Eles já chegaram de forma covarde e violenta, disparando armas de fogo de grosso calibre, o que acabou por atingir essas pessoas”, disse, destacando que as pessoas atingidas não têm passagem pela polícia e nem envolvimento com a criminalidade.

De acordo com ele, a motivação do ataque é a rivalidade, que começou por meio das redes sociais. “Infelizmente um grupo de jovens, ligado ao tráfico de entorpecentes, uma criminalidade juvenil iniciou-se a rivalidade pelas redes sociais. Ficam dizendo que dão ataques, que tem mais armas que o outro. É uma rivalidade juvenil que beira a infantilidade”, destacou.

Ramalho acredita que a briga pelo tráfico se dá em relação à pontos de comércio de entorpecentes considerados rentáveis pelos traficantes. “São pontos de venda de drogas que eles consideram rentáveis e, a cada dia, tentam tomar um do outro. Isso se potencializa na ostensividade de arma de fogo e no tráfico de drogas de pessoas. Esse problema tem que ser tratado além dos esforços diários da Secretaria de Segurança Pública”, afirmou.

Desde que assumiu a pasta, em março deste ano, o secretário já mobilizou a polícia para a realização de diversas ações em vários pontos do estado, inclusive, em diversos morros da capital. Locais considerados de difícil acesso. Segundo Ramalho, mais de 700 pessoas já foram detidas e cerca de 500 armas de fogo foram apreendidas nas operações. “Um trabalho muito difícil de ser realizado. É uma topografia extremamente difícil. Obviamente, não temos condições de ocupar esses locais 24 horas por dia”.

Moradores do local afirmam que a localização da base da Polícia Militar não é a mais ideal. Eles dizem que há a necessidade de que um policiamento mais ostensivo seja feito nas partes mais altas do morro. Segundo o secretário, a topografia dos locais dificultam o acesso e a operação da polícia. “É uma localização estratégica, até mesmo pela dificuldade de um imóvel. Foi uma resposta imediata dada a comunidade. Por um lado, a base colocada inibiu muito a questão da compra de drogas naquele local. É uma topografia difícil de ser percorrida. É um local complicado para fazer um policiamento com eficiência. A comunidade diz isso e temos que ouvir. Eles sabem da dificuldade do dia a dia. Vamos trabalhar para atender no momento oportuno”, afirmou.