Política

Acordo que Cunha ameaça romper com AGU foi renovado há menos de um mês

Acordo que Cunha ameaça romper com AGU foi renovado há menos de um mês Acordo que Cunha ameaça romper com AGU foi renovado há menos de um mês Acordo que Cunha ameaça romper com AGU foi renovado há menos de um mês Acordo que Cunha ameaça romper com AGU foi renovado há menos de um mês

Brasília – O acordo de cooperação técnica firmado entre a Câmara dos Deputados e a Advocacia-Geral da União (AGU), que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ameaça romper, foi assinado recentemente, em 17 de julho deste ano. Trata-se da primeira renovação de um acordo assinado há cinco anos.

O contrato não especifica o número de advogados públicos que atuarão na representação judicial da Câmara. O documento diz que cabe à Casa Legislativa disponibilizar o espaço físico para o escritório de representação da AGU, enquanto a advocacia-geral designa os defensores que atuarão em ações judiciais da União e que são de interesse da Câmara.

Nos termos do acordo, que vale por 60 meses, a representação da Câmara deve ser solicitada expressamente pelo presidente da Casa ou por uma autoridade interna. Quando a Câmara pediu à AGU adoção de medidas judiciais contra a busca e apreensão nas dependências do Congresso, foram enviados dois ofícios, um em 5 de junho e outro em 30 de junho.

O primeiro ofício foi assinado pelo antigo diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, e o segundo pelo procurador parlamentar, deputado Cláudio Cajado (DEM-BA). “De ordem do Exmo. Sr. Presidente da Câmara dos Deputados, solicita-se que seja estudada a viabilidade de adoção de medidas judiciais em face: de ato judicial de busca e apreensão efetivado nesta Casa no dia 4 de maio de 2015”, diz o documento assinado por Sampaio.

Os dois pedidos não fazem menção explícita à anulação das provas coletadas na Casa. “Venho solicitar seja estudada a viabilidade de adoção de medidas judiciais voltadas à defesa das imunidades parlamentares para o exercício do mandato e das funções institucionais da Câmara dos Deputados, em razão de recente ato judicial de busca e apreensão ocorrido nas dependências desta Casa do Congresso Nacional, conforme narrativa e documentos anexos”, resume o ofício de Cajado.

De acordo com o contrato firmado por Cunha e o advogado-geral Luis Inácio Adams, não cabe à AGU atuação direta em casos onde o ato praticado não estiver relacionado estritamente ao exercício das atribuições ou competências legais ou se o ato em questão for caracterizado como abuso e desvio de poder, ilegalidade, “improbidade ou imoralidade administrativa”.