Política

Aditar delação não amplia prazo de defesa na comissão do impeachment, diz Rosso

Aditar delação não amplia prazo de defesa na comissão do impeachment, diz Rosso Aditar delação não amplia prazo de defesa na comissão do impeachment, diz Rosso Aditar delação não amplia prazo de defesa na comissão do impeachment, diz Rosso Aditar delação não amplia prazo de defesa na comissão do impeachment, diz Rosso

Brasília – O presidente da comissão especial do impeachment da Câmara, Rogério Rosso (PSD-DF), negou nesta segunda-feira, 21, que a inclusão da delação premiada do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) ao processo que analisa as denúncias contra a presidente Dilma Rousseff na Casa ampliará o prazo de defesa.

De acordo com Rosso, o aditamento foi realizado antes da instalação da comissão especial do impeachment, o que está de acordo com o Regimento Interno. Nos bastidores do Congresso, circulava o boato de que a alteração poderia abrir uma brecha para Dilma ganhar mais tempo.

“Foram apensados novos documentos, só que antes da instalação da comissão. Foi dado inclusive a ciência desses novos documentos, portanto, vamos focar a denúncia a contento do que a sociedade brasileira exige”, afirmou Rosso. Segundo ele, a prioridade da comissão especial é apenas o “trato da denúncia”.

Rosso disse ainda que os agendamentos da comissão ocorrerão de acordo com o prazo da defesa – são dez sessões em plenário no total. “Se a presidente usar as nove sessões restantes que possui, o agendamento pode ser um, mas se ela antecipar, pode ser outro.” Sobre o funcionamento do colegiado, Rosso afirmou que planeja que todos os dias em que sejam realizadas sessões no plenário da Casa também ocorram reuniões administrativas ou ordinárias na comissão, o que ainda precisa ser aprovado pelos membros.

Perguntado sobre as possíveis convocações, o presidente da comissão especial do impeachment da Câmara foi categórico e disse que não pretende “transformar a comissão em palco, pois a sociedade não quer isso”. “O povo brasileiro está atento ao que está acontecendo aqui. Todos prestarão atenção naqueles que quiserem protelar.”

Na semana passada, a Casa incluiu no processo de impedimento da presidente que será analisado na Casa a delação premiada de Delcídio. Segundo o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), a junção da delação ao pedido de afastamento de Dilma por crime de responsabilidade fiscal foi feita a pedido dos autores, os juristas Hélio Bicudo, Janaína Paschoal e Miguel Reale Júnior.

Inicialmente, o requerimento de impeachment que foi acatado pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se referia apenas à questão das “pedaladas fiscais” de 2014.