Política

Advogado diz que Bolsonaro não está bem de saúde e por isso desistiu de ir ao julgamento

Advogado Celso Vilardi defende Bolsonaro da acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado; julgamento começou hoje (02)

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Julgamento da trama golpista começa nesta terça-feira (02) no STF. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Julgamento da trama golpista começa nesta terça-feira (02) no STF. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O advogado Celso Vilardi, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro da acusação de liderar uma tentativa de golpe de Estado, disse nesta terça-feira (2), ao chegar para o primeiro dia de julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que fará uma defesa “verdadeira, baseada em pontos jurídicos”

Questionado se Bolsonaro manifestou vontade de acompanhar o julgamento presencialmente, Vilardi disse que sim, mas que o ex-presidente “não está bem”, com problemas de saúde, motivo pelo qual desistiu da ideia.

O advogado não detalhou quais seriam essas dificuldades médicas. 

O julgamento de Bolsonaro e mais sete ex-auxiliares por uma tentativa de golpe de Estado e mais quatro crimes começou nesta terça, com a leitura de um resumo do caso pelo relator, ministro Alexandre de Moraes

Além do ex-presidente, os réus são: 

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro na chapa de 2022;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Todos foram acusados dos seguintes crimes:

  • Liderar ou integrar organização criminosa armada;
  • Atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado por violência e grave ameaça;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Somadas, as penas podem ultrapassar os 40 anos de prisão

A exceção é o caso do ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem que, atualmente, é deputado federal. Ele foi beneficiado com a suspensão de parte das acusações e responde somente a três dos cinco crimes. A possibilidade de suspensão está prevista na Constituição.

Agência Brasil

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