Política

Agência que rebaixou País não crê em impedimento

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Londres e São Paulo – A agência de classificação de risco Standard & Poor’s, que tirou o grau de investimento do Brasil na quarta-feira, 9, disse não trabalhar com a hipótese de que a presidente Dilma Rousseff não vai concluir o mandato, em dezembro de 2018. “De momento, não é nosso cenário-base”, afirmou o diretor de qualificações para a América Latina da S&P, Roberto Sifón-Arévalo.

Ao decidir rebaixar a nota de crédito do Brasil de BBB- para BB+, com perspectiva negativa, a agência colocou o País no grupo de mercados “especulativos”. Entre os argumentos para essa decisão estavam a deterioração fiscal e as dificuldades políticas vividas pelo governo Dilma neste segundo mandato.

“Os desafios políticos que o Brasil enfrenta continuam a pesar na capacidade do governo e vontade de submeter ao Orçamento de 2016 ao Congresso consistente com a política de ajuste fiscal assinalada durante o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff”, afirmou a S&P na quarta-feira.

Instituições

Na quinta-feira, 10, durante teleconferência com jornalistas, os analistas da agência elogiaram a institucionalidade do Brasil. “Se acontecer (o impeachment), vamos olhar para o significado disso em termos de política, governabilidade e sobre a continuidade das ações”, disse o diretor da S&P. Arévalo afirmou que o impeachment é um instrumento usado em vários países e com previsão legal. Portanto, a agência não avalia o ato em si, mas as consequências econômicas e políticas quando isso ocorre.

A diretora-gerente de ratings soberanos da S&P, Lisa Schineller, foi na mesma linha. Afirmou que, se eventual impedimento da presidente acontecer, a agência vai avaliar “como isso impacta nas políticas e na dinâmica das ações”.

Para Lisa, a Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras, é prova do fortalecimento da institucionalidade do Brasil. Segundo ela, o País conta com instituições em nível superior ao observado em países com rating semelhante à atual nota de crédito brasileira, como Rússia e Turquia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.