Política

Alagoas recorre contra decisão que dobrou salários de procuradores de autarquias

Alagoas recorre contra decisão que dobrou salários de procuradores de autarquias Alagoas recorre contra decisão que dobrou salários de procuradores de autarquias Alagoas recorre contra decisão que dobrou salários de procuradores de autarquias Alagoas recorre contra decisão que dobrou salários de procuradores de autarquias

A Procuradoria-Geral do Estado de Alagoas entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decisão do Tribunal de Justiça que dobrou o salário dos procuradores de autarquias. A associação da categoria obteve a decisão em janeiro de 2013. Segundo a procuradoria, o gasto “já está causando dano de difícil reparação”.

A Associação dos Procuradores Autárquicos e Advogados de Fundação de Alagoas (Apafal) entrou em 2011 com o pedido para que fossem equiparados os salários aos dos procuradores do Estado. A categoria ganha R$ 10 mil, em média. Já os procuradores do Estado recebem R$ 20 mil em subsídios.

A entidade argumentou à Justiça do Estado que a lei de 2005 que regulamentava a carreira dos procuradores autárquicos violava o princípio da isonomia e da paridade, já que os procuradores de autarquias supostamente desempenham funções semelhantes aos procuradores do Estado.

Em 2013, a juíza Maria Ester Fontan Cavaltcanti Manso, da 17ª Vara Cível de Alagoas, julgou a ação da Apafal procedente e determinou a equiparação dos salários dos procuradores do Estado e das autarquias.

“A segregação que há no Estado de Alagoas não se sustenta. O que se demonstra, destarte, é que há nítida, clara e manifesta identidade das funções exercidas entre as carreiras indicadas e a carreira dos autores”, anotou.

A Procuradoria do Estado recorreu ao Tribunal de Justiça de Alagoas, mas viu todos os pedidos serem indeferidos. Em outubro de 2018, a procuradora do Estado Lívia de Oliveira Lage recorreu ao Supremo contra o aumento dos procuradores autárquicos.

Ela ressalta que a “diferença entre as remunerações das carreiras equiparadas por decisão do Tribunal de Justiça Alagoano determina o acréscimo de mais de R$ 10.000,00 (dez mil reais) mensais aos subsídios dos associados da autora”.

“É essa situação que revela a possibilidade de irreversibilidade da medida quando da reforma do Acórdão recorrido. Afinal, como poderão os Autores, no futuro, devolver tais quantias sem prejuízo de seu sustento e de suas famílias?”, argumenta.

O pedido está nas mãos do ministro Luís Roberto Barroso, do STF.