Política

Alexandre dá dois dias para Bolsonaro se manifestar sobre 'discurso de ódio'

Alexandre dá dois dias para Bolsonaro se manifestar sobre ‘discurso de ódio’ Alexandre dá dois dias para Bolsonaro se manifestar sobre ‘discurso de ódio’ Alexandre dá dois dias para Bolsonaro se manifestar sobre ‘discurso de ódio’ Alexandre dá dois dias para Bolsonaro se manifestar sobre ‘discurso de ódio’

O ministro Alexandre de Moraes, presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou, nesta sexta-feira, 15, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifeste, em até dois dias, sobre uma representação que lhe atribui discursos de ódio e incitação de violência.

O documento foi protocolado na corte após a morte do guarda municipal petista Marcelo Arruda, assassinado a tiros pelo agente penitenciário bolsonarista Jorge Guaranho no sábado, 9, quando celebrava o aniversário de 50 anos com o tema do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após o prazo que Bolsonaro tem para se manifestar, o Ministério Público Eleitoral vai ter dois dias para dar seu parecer sobre o caso.

A petição inicial, impetrada no TSE nesta quarta-feira, 13, é uma representação de partidos da oposição e reúne diversos episódios em que Bolsonaro, na avaliação das siglas, proferiu discursos de ódio. As legendas alegam que o assassinato de Arruda trouxe à tona a necessidade do debate sobre segurança nas eleições de 2022.

O documento pede que a corte eleitoral determine ao chefe do Executivo que ‘se abstenha de ter qualquer tipo de discurso de ódio ou incitação à violência, em qualquer modo de veiculação contra seus opositores, ainda que de forma velada’, sob pena de multa de R$ 1 milhão.

Os partidos ainda querem que Bolsonaro seja obrigado a condenar ‘de forma clara e inequívoca’ todos os atos de discriminação e violência política, a começar pelo homicídio de Marcelo Arruda.

Nesta terça-feira, 12, deputados federais da oposição já haviam acionado a Procuradoria-Geral da República solicitando que o chefe do Executivo seja investigado por ‘verdadeiras exortações de ódio’ a opositores.

Procurada, a assessoria da Presidência ainda não respondeu às mensagens da reportagem.