Política

Aliados de Cunha mantêm obstrução em sessão da CCJ que analisa recurso

Aliados de Cunha mantêm obstrução em sessão da CCJ que analisa recurso Aliados de Cunha mantêm obstrução em sessão da CCJ que analisa recurso Aliados de Cunha mantêm obstrução em sessão da CCJ que analisa recurso Aliados de Cunha mantêm obstrução em sessão da CCJ que analisa recurso

Brasília – A “tropa de choque” do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) trabalha na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para obstruir o andamento dos trabalhos e evitar que o recurso do peemedebista seja votado nesta quarta-feira, 13. O recurso de Cunha visa devolver ao Conselho de Ética o processo de cassação aprovado no mês passado, mas se o mesmo for para votação nesta manhã, dificilmente ele sairá vitorioso.

A primeira manobra veio do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), questionando a abertura da sessão. O aliado de Cunha alegou que não havia quórum suficiente para o início dos trabalhos. O pedido foi negado pelo presidente da CCJ, Osmar Serraglio (PMDB-PR).

O deputado Hugo Motta (PMDB-PB), fiel aliado de Cunha, exigiu a leitura da ata da sessão passada, o que fez os trabalhos atrasarem por pelo menos 30 minutos. Ele também fez um apelo para que o relator Ronaldo Fonseca (PROS-DF) peça mais prazo para analisar os oito votos em separado que serão apresentados na CCJ. “Temos de ter esse devido cuidado”, insistiu o parlamentar, lembrando que no Conselho de Ética o relator do pedido de cassação de Cunha, Marcos Rogério (DEM-RO), se valeu de uma semana para analisar um voto em separado.

Até por volta das 11h15, Motta vinha liderando as manobras obstrutivas na sessão, com ajuda dos deputados Arthur Lira (PP-AL), Soraya Santos (PMDB-RJ) e Edio Lopes (PR-RR), que pediram esclarecimentos sobre o encerramento das inscrições para falar na sessão. “Vamos trabalhar, mas sem atropelar”, defendeu Motta.

Com a pressão, Serraglio reabriu as inscrições. Cunha acompanha a movimentação de seus aliados sentado ao lado de seu advogado, Marcelo Nobre.