Política

Viagem para alunos capixabas conhecer projeto Escola Viva em outros estados

“É interessante que eles viajem para um estado onde funcionam projetos semelhantes como SP, RJ, PE ou CE para que saibam das outras experiências”, exemplificou Rocha

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Haroldo Rocha quer discutir com os principais interessados o programa que cria escola em tempo integral Foto: Divulgação/Governo

O encontro de estudantes do ensino médio da rede pública com o secretário Estadual de Educação, Haroldo Rocha, nesta terça-feira (24), foi considerado bastante positivo. Duas preocupações se destacaram em relação ao Programa Escola Viva, na visão dos adolescentes.

Segundo eles, a primeira preocupação é com os alunos que necessitam de trabalhar. E a segunda foi com aqueles que não vão aderir ao Programa Escola Viva, mas estudam em uma escola que terá que desenvolver o programa.

A Escola Viva prevê ensino em tempo integral em escolas de ensino médio da rede pública.

O secretário de Educação explicou que todo o programa está nas mãos de 20 profissionais da Sedu em fase de desenvolvimento. O projeto que cria a Escola Viva já esteve em regime de urgência na Assembleia Legislativa (Ales), mas para que o diálogo aconteça, o líder do governo, deputado Gildevan Fernandes, apresentou requerimento de retirada da urgência, na sessão de segunda-feira (23).

Mas para que os alunos entendam o funcionamento da Escola Viva, o secretário sugeriu, inclusive, que os alunos viajem a estados em que programas semelhantes que estão em pleno funcionamento.

“É interessante que eles viajem para um estado onde funcionam projetos semelhantes como São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco ou Ceará para que saibam das outras experiências”, citou Rocha.

Na próxima semana, o secretário deverá encontrar pedagogos com quem deverá discutir o currículo. “Propomos disciplinas como Estudo Orientado, onde os estudantes aprenderão como estudar, como ler um livro técnico, um romance ou uma poesia. Terá a disciplina Projeto de Viva, que discutirá sobre profissões. Outra disciplina diferente é Práticas Experimentais, onde os alunos aprenderão Física e Química em laboratórios”, detalhou Haroldo Rocha.

E acrescentou: “É uma escola integrada com o mundo do lado de fora”.

Ao ser questionado sobre a participação dos professores, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes), Haroldo Rocha disse que o diálogo está aberto. E ressaltou que em janeiro esteve reunido com a entidade representativa.

Segundo o secretário, o 2º Plano Nacional de Educação prevê que até 2024 50% dos alunos do ensino médio estejam em escolas de tempo integral.