Política

André Vargas pede licença médica de uma semana

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Brasília – Acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef e na mira de um processo de cassação, o deputado federal André Vargas (sem partido-PR) pediu à Câmara uma licença médica de uma semana. A previsão é que o plenário da Casa decida sobre a perda do mandato do ex-petista na primeira semana de dezembro. Na quarta-feira, 19, Vargas comunicou à Secretaria-Geral da Mesa que realizou uma cirurgia na boca e que precisaria se afastar por cerca de uma semana. Ele não deu detalhes sobre o procedimento e ficou de enviar um atestado médico ao Legislativo.

Na semana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara negou um recurso movido por Vargas, no qual ele contestava a decisão do Conselho de Ética que pediu a cassação de seu mandato. Com isso, o caso do ex-petista e ex-vice-presidente da Câmara ficou pronto para a votação final no plenário.

A princípio, a expectativa era que a cassação fosse decidida na semana que vem, de modo que um afastamento médico por uma semana serviria para atrasar a análise do caso. Vargas, que não concorreu à reeleição, tem atuado nos bastidores para evitar a perda do mandato parlamentar neste ano para ao menos preservar seus diretos políticos. No entanto, parlamentares ouvidos pelo Broadcast Político, serviço em tempo real da Agência Estado, consideram que dificilmente o tema seria votado na semana que vem, já que o Congresso estará totalmente debruçado sobre o projeto que flexibiliza a meta do superávit primário.

O caso

A ligação de Vargas com Youssef, preso no âmbito da operação Lava Jato, veio a público quando foi revelado que ele pegou carona em um jatinho pago pelo doleiro. Nas investigações conduzidas pela PF, Vargas é apontado ainda como o responsável por indicar um ex-assessor do Ministério da Saúde para trabalhar no Labogen, laboratório que, de acordo com a apuração, centralizava o esquema de lavagem de dinheiro de Youssef. Vargas nega ter intermediado essa indicação.

O deputado era vice-presidente da Câmara e renunciou ao posto depois das revelações. Temendo danos eleitorais às campanhas da presidente Dilma Rousseff e dos candidatos petistas no Paraná, Gleisi Hoffmann, e em São Paulo, Alexandre Padilha, a direção do PT pressionou Vargas a também abrir mão do mandato. Ele acabou pedindo desfiliação do partido.