Política

Antes da renúncia, Graça manteve rotina normal na Petrobras

Antes da renúncia, Graça manteve rotina normal na Petrobras Antes da renúncia, Graça manteve rotina normal na Petrobras Antes da renúncia, Graça manteve rotina normal na Petrobras Antes da renúncia, Graça manteve rotina normal na Petrobras

Rio – No dia em que comunicou ao mercado a sua saída da presidência da Petrobras, Graça Foster manteve a rotina que marcou os seus 33 anos de atuação na empresa. Ela trabalhou por todo o dia, por mais de dez horas, na sede da companhia, no centro do Rio de Janeiro. Durante o expediente, assim como os demais diretores demissionários. Graça se reuniu de manhã com o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, mas o assunto não foi divulgado. Membro do Conselho de Administração da Petrobras, Coutinho aparece como uma das alternativas para a vaga deixada por Graça.

Apenas na noite de quinta-feira a Petrobras confirmou os nomes dos cinco diretores que renunciaram a seus cargos. São eles: Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores; José Miranda Formigli, diretor de Exploração e Produção; José Carlos Cosenza, diretor de Abastecimento; José Alcides Santoro, diretor de Gás e Energia; e José Antônio de Figueiredo, diretor de Engenharia, Tecnologia e Materiais.

Mesmo os conselheiros da companhia, que se reunirão na sexta-feira, 6, foram informados das mudanças por meio do mesmo comunicado divulgado ao mercado financeiro. Um curto comunicado interno informou a saída de Graça e dos diretores aos empregados da estatal, depois que o assunto já era amplamente debatido na imprensa.

Convite

Funcionários de carreira acreditam em um possível convite para os cargos diante da dificuldade de encontrar um executivo de mercado disposto a assumir a empresa em crise.

O temor de uma demissão em massa dos terceirizados, que havia tomado conta da companhia nos últimos dias, com o acirramento da crise financeira e institucional, perdeu força com a saída de Graça. Até então, os terceirizados apostavam que, sem dinheiro, a Petrobras demitiria empregados não concursados. Mas a indefinição de quem assumirá a direção trouxe a esperança de que os empregos poderão ser mantidos. Também é incerto o futuro de Graça. Engenheira química, de 61 anos, que iniciou a carreira na estatal nos anos 1980, ela terá a escolha de se aposentar ou de permanecer na empresa, em cargo técnico. O mesmo vale para os demais diretores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.