Política

Antes de reunião sobre crise, Dilma pedala por Brasília

Antes de reunião sobre crise, Dilma pedala por Brasília Antes de reunião sobre crise, Dilma pedala por Brasília Antes de reunião sobre crise, Dilma pedala por Brasília Antes de reunião sobre crise, Dilma pedala por Brasília

Brasília – Brasília, 27/06/2015 – Antes de se reunir com ministros para discutir a crise aberta pela revelação de detalhes sobre a delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, a presidente Dilma Rousseff pedalou neste sábado pelas ruas de Brasília na companhia da filha, Paula Rousseff, e de auxiliares. Aparentando bom humor, ela deixou o Palácio da Alvorada às 7h12, retornando 44 minutos depois após cumprir um trajeto de 5,2 quilômetros pela Vila Planalto, bairro em que fica a residência oficial da presidente, às margens do Lago Paranoá.

Dilma pediu que jornalistas não a assediassem no percurso. No retorno, desejou um bom fim de semana aos repórteres que a esperavam na porta do Alvorada. Em seguida, reuniu-se com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para debater os novos desdobramentos da Operação Lava Jato.

Além de Paula, acompanharam Dilma no “pedal” seu personal trainer e o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, chefe da segurança pessoal da presidente. Depois da malhação e da reunião, ela já embarcou para Nova York.

Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o dono da UTC citou supostos repasses irregulares ao tesoureiro da campanha de Dilma em 2010, José de Filippi, e ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Os valores foram descritos em planilha intitulada “Pagamentos ao PT por caixa 2”, entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR). O ministro Mercadante, citado no mesmo documento, teria sido beneficiado com R$ 250 mil em 2010, quando concorreu, sem sucesso, ao Governo de São Paulo. Os três citados negam qualquer irregularidade.

A revista “Veja” deste sábado diz que o empreiteiro envolveu ao menos 18 políticos no esquema de repasses eleitorais, propina e corrupção na Petrobras. Segundo a reportagem, houve pagamentos para as campanhas de Dilma em 2014 e do ex-presidente Lula em 2006. O empresário citou também o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o ministro Edinho e o senador Edison Lobão (PMDB-MA), os três da base do governo, além do senador de oposição Aloysio Nunes (PSDB-SP).