Política

Ao justificar erros, líder do PT de Campinas diz que sigla virou 'judeu político'

Ao justificar erros, líder do PT de Campinas diz que sigla virou ‘judeu político’ Ao justificar erros, líder do PT de Campinas diz que sigla virou ‘judeu político’ Ao justificar erros, líder do PT de Campinas diz que sigla virou ‘judeu político’ Ao justificar erros, líder do PT de Campinas diz que sigla virou ‘judeu político’

São Paulo – O novo presidente do PT de Campinas (SP), Durval de Carvalho, afirmou nesta quinta-feira, 4, que o partido “acabou se tornando um judeu político” ao justificar a série de escândalos que marcam a sigla, como as investigações da Operação Lava Jato. Ele foi eleito para comandar o Diretório Municipal no dia 29 de abril. Na avaliação da Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), a declaração do petista é antissemita.

“O PT cometeu muitos equívocos e acabou se tornando um judeu político”, disse Carvalho ao jornal “Correio Popular”, de Campinas, na edição do dia 30 de abril. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o petista afirmou que não se expressou de forma pejorativa ao usar a expressão “judeu”. “O que eu quis dizer é que o PT está parecido com a condição dos judeus na década de 1930 na Europa, quando foram perseguidos”, afirmou, em referência ao Holocausto.

Carvalho afirmou também que o partido nasceu da “luta” contra todo o tipo de preconceito e discriminação e fez uma alusão à “perseguição” ao PT à perseguição sofrida pelos judeus na Alemanha nazista. “Eu estou convencido de que o Brasil está assistindo à ascensão do fascismo, à perseguição a quem pensa diferente”, disse.

Para o presidente executivo da Fisesp, Ricardo Berkiensztat, porém, o uso da palavra “judeu” na fala de Carvalho está associada à condição de “pária”. “Acho que todo mundo que coloca pejorativamente o nome judeu e tenta compará-lo a alguma coisa negativa, ou mostra um antissemitismo, ou mostra desconhecimento”, afirmou.

Berkiensztat também diz que não se deve comparar os erros do PT a um período histórico como o Holocausto. “Nada se compara ao período nazista. É você minimizar o que foi o Holocausto. A gente não banaliza o Holocausto desta forma, muito menos com equívocos de um partido político”, disse.

Nas redes sociais, a Fisesp divulgou uma nota de repúdio às declarações de Carvalho. A instituição pede uma retratação do novo presidente do PT de Campinas.