Política

Ao lado de Alckmin, advogado crítico da Lava Jato se filia ao PSB

Ao Estadão, ele afirmou que ainda não há definição sobre o cargo ao qual deve ser lançado nas eleições de outubro

Ao lado de Alckmin, advogado crítico da Lava Jato se filia ao PSB Ao lado de Alckmin, advogado crítico da Lava Jato se filia ao PSB Ao lado de Alckmin, advogado crítico da Lava Jato se filia ao PSB Ao lado de Alckmin, advogado crítico da Lava Jato se filia ao PSB
Foto: Agência Brasil

O advogado Augusto de Arruda Botelho deve se filiar ao PSB na próxima quarta-feira, 23, no mesmo evento que marcará a entrada de Geraldo Alckmin no partido. Ao Estadão, ele afirmou que ainda não há definição sobre o cargo ao qual deve ser lançado nas eleições de outubro. Essa decisão, segundo ele, deve ser tomada “em breve”, após conversa com a legenda. Estão em jogo sobretudo a disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados ou na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Membro do Grupo Prerrogativas e crítico da Lava Jato, Botelho integra a lista de nomes que trazem o espectro da operação para as eleições deste ano. O pleito terá desde alvos da força-tarefa, como Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que chegou a ser condenado no âmbito da operação e, posteriormente, teve sua sentença anulada pelo STF, até o ex-coordenador da equipe no Paraná, Deltan Dallagnol, e o ex-juiz Sérgio Moro, ambos no Podemos.

Botelho afirmou que seu posicionamento não deve ser limitado ao antilavajatismo e que, caso seja eleito para um cargo no Legislativo, não pautará sua atuação nesse rótulo. “Não é uma questão de ser contra a Lava Jato, mas contra abusos cometidos pelo Ministério Público e pelo Judiciário, seja na Lava Jato ou em outras ações. O combate à corrupção é uma das pautas mais importantes na política, ele precisa ser aperfeiçoado e continuar sendo feito”, declarou.

O advogado disse ainda que, embora tenha ressalvas, considera não haver o que contestar sobre o ingresso de Moro e Dallagnol na política. Ele defende uma quarentena para que membros do Judiciário concorram a cargos políticos. “Mas, de acordo com texto legal atual, eles podem concorrer. Não há o que contestar”, afirmou.

Como mostrou o Estadão, alvos da operação voltarão às urnas este ano após decisões do Supremo que anularam condenações. Entre eles, o ex-governador Beto Richa (PSDB-PR), o ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (MDB-RN) e o ex-senador Gim Argello (sem partido), além de Lula.