Uma multidão de camisas verde e amarela invadiu a saída da área de embarque do Aeroporto de Vitória para receber o presidente da República em sua primeira visita ao Espírito Santo desde que começou o seu mandato, em janeiro de 2019.
Aos gritos de “mito” e “eu vim de graça!”, os apoiadores recepcionaram Jair Bolsonaro (sem partido) quando ele saiu do saguão, às 10h40 desta sexta-feira (11). Houve gritos também contra o governador Renato Casagrande (PSB) e o senador Fabiano Contarato (Rede).
Muitos conseguiram tirar fotos e fazer vídeos com o presidente. Foi o caso da aposentada Maria de Fátima Arrivabene, 65 anos. Moradora de Vila Velha, ela já estava na área destinada ao público ainda no começo da manhã.
“Consegui tirar uma foto com ele. Sou mais que eleitora, sou uma fã. Ver ele ao vivo é uma outra emoção”, respondeu, mostrando a galeria de fotos e de vídeos que conseguiu fazer com o celular, mesmo à distância.
Para a aposentada, a imagem negativa do Brasil no exterior, desde que Bolsonaro se tornou presidente, não deve ser colocada na conta do político. “Eu considero que o país está sendo mal falado lá fora por causa dos maus brasileiros”, apontou.
Fátima releva quando questionada sobre a gestão do governo federal durante a pandemia no Brasil, que já se aproxima de meio milhão de mortos, sendo 11 mil só no Espírito Santo.
“Não podemos dizer que ele não cometeu erro, pois é um ser humano. Mas eu considero que, no geral, no país, tudo está funcionando”, disse ela, argumentando que acredita que a gestão federal deu recursos financeiros para que os Estados combatessem o coronavírus, mas que a verba não foi corretamente utilizada.
Menos pior
Outro que estava feliz em ver o presidente pela primeira vez, a poucos metros de distância, foi o servidor público Dionísio Barreto, de 49 anos. Morador de Vila Velha, ele fez vídeos e tirou fotos da chegada de Bolsonaro.
O servidor público conta que era eleitor de Lula. No entanto, após os escândalos de corrupção e a operação Lava-Jato, optou por votar em Bolsonaro em 2018.
“Eu não acompanhava notícias de política e passei a me interessar e a ver que ele é o único que pode impedir que a esquerda volte ao poder”, sintetizou.
Barreto disse que a opção por Bolsonaro foi puramente por semelhança ideológica. Evangélico da Assembleia de Deus, ele avalia que o atual mandatário da República defende os mesmos princípios que ele. “Não é questão de escolher o melhor: é escolher o menos pior”, resumiu.
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