Política

Apoiadores de Dilma se reúnem no próximo sábado em Vitória

Mesmo com as manifestações pedindo a saída da presidente, representantes do movimento Fora Dilma disseram que não é um momento de comemoração

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Brasília – Por 55 votos a favor e 22 contra, Senado abre processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Brasília – Por 55 votos a favor e 22 contra, Senado abre processo de impeachment da Presidenta Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Painel mostra resultado de votação no Senado Foto: Agência Brasil

O representante do movimento Frente Brasil Popular no Estado, que apoia a permanência de Dilma na presidência, Francisco Celso Calmon, conversou com o Folha Vitória nesta quinta-feira (12) e afirmou que não há fundamentação legal para o afastamento da petista.

“Isso era previsto, embora o nosso esforço tenha sido feito. Não há fundamentação legal e esse governo temporário é ilegítimo. Ele não veio das urnas e não representa o povo. Todos estão surpresos e indignados. Estamos vendo a construção de um estado policial que está cada vez mais evidenciado e voltaríamos a ditadura”, afirmou.

Segundo Calmon, as lutas vão dos movimentos sociais continuar. “Vamos continuar com os movimentos e estamos alinhando isso. Mas esse será um governo de muita tensão. As demandas ansiadas por muitos serão ainda mais tensionadas e nós não reconhecemos esse governo, pois Temer não teve voto. Continuaremos fazendo força e sentimos bastante, pois é o trabalho de uma geração que combateu a ditadura indo abaixo mais uma vez pela elite golpista”, destacou. 

De acordo com o representante da Frente Brasil Popular, um encontro deverá ser realizado em Vitória no próximo sábado (14). A partir daí é que serão definidos os rumos do movimento. “Estamos aguardando a diretoria nacional, mas já havíamos marcado um seminário para este sábado, no Ifes, para estudarmos propostas e organização”, explica.

Já Humberto Pinto, do movimento Fora Dilma no Espírito Santo, afirmou que, ao contrário do que ocorreu em outros estados, não estão previstos protestos de comemoração do afastamento. “O momento não é de comemoração. É como se fosse um membro de um corpo que foi amputado”. Foi o que destacou Humberto Pinto, do movimento Fora Dilma no Espírito Santo sobre o afastamento da presidente Dilma Rousseff. De acordo com ele, a partir desse momento é hora das pessoas se unirem em uma força coletiva.

“Agora temos que cuidar para conseguir colocar tudo no rumo certo e isso requer tempo. Não é da noite para o dia. Todos precisam se esforçar e é um esforço coletivo. O governo também precisa ser enxugado e nós vamos ficar atentos e vigilantes com relação a qualquer partido. Temos que fazer a máquina voltar a funcionar”, disse.