Política

Após atuação do governo, relatório da CPMI da JBS deve ser votado nesta tarde

Após atuação do governo, relatório da CPMI da JBS deve ser votado nesta tarde Após atuação do governo, relatório da CPMI da JBS deve ser votado nesta tarde Após atuação do governo, relatório da CPMI da JBS deve ser votado nesta tarde Após atuação do governo, relatório da CPMI da JBS deve ser votado nesta tarde

Brasília – Somente às 15 horas desta quarta-feira, 13, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS deve retomar a votação do relatório final, apresentado pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS). A sessão foi interrompida no início da tarde por causa do início de sessão deliberativa do Congresso.

Para conseguir a aprovação do texto, Marun decidiu que irá retirar do parecer final os pedidos de indiciamento contra o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e o ex-chefe de gabinete dele, procurador Eduardo Pelella. A mudança contou com atuação direta do presidente nacional do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que patrocinou a mudança. Jucá compareceu à sessão da CPMI e registrou presença para ajudar a comissão a atingir o quórum.

“Eu revi alguns pontos do relatório. Transformo os pedidos de indiciamentos dos srs. Eduardo Pelella e Rodrigo Janot em pedidos de investigação ao Ministério Público Federal. Tem gente que vai dizer que isso não vai dar em nada. Não penso assim. Foram fundamentais para a decisão, que tomo as palavras da procuradora-geral da República Raquel Dodge”, afirmou Marun.

Nesta terça-feira, 12, Raquel disse analisará o relatório da CPMI. “Não me cabe fazer consideração sobre a intenção. O que posso lhes dizer é que, quando receber documentos, haverá análise adequada no momento oportuno”, afirmou ela. A retirada das solicitações de indiciamento era uma demanda de parlamentares do PSB, PDT, Solidariedade e PSDB. O grupo é minoria no colegiado e não possui os votos suficientes para barrar o parecer.

Marun admitiu que o fato de se tornar ministro de Temer foi levado em conta na hora de alterar o relatório. “Não posso desconhecer o fato de que amanhã assumo como ministro de Estado da articulação. Sou daqueles que defendo a independência e harmonia entre poderes como exigência do processo democrático. Não há como nós tentarmos avançar uma democracia se declarada está uma guerra entre Poderes”, afirmou. O relator manteve no texto, no entanto, os requerimentos de indiciamento contra o ex-procurador Marcello Miller, o executivo da J&F Ricardo Saud e os irmãos Joesley e Wesley Batista.