Política

Após demissão, Ernesto Araújo tem reencontro com senadores na CPI da Covid

Ex-ministro das Relações Exteriores brigou com os parlamentares em março, cobrado pela falta de vacinas contra a covid-19

Após demissão, Ernesto Araújo tem reencontro com senadores na CPI da Covid Após demissão, Ernesto Araújo tem reencontro com senadores na CPI da Covid Após demissão, Ernesto Araújo tem reencontro com senadores na CPI da Covid Após demissão, Ernesto Araújo tem reencontro com senadores na CPI da Covid
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Depois da saída conturbada do cargo, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo terá a partir das 9h desta terça-feira (18) um reencontro com o Senado na CPI da Covid, quase dois meses depois da audiência pública que foi o estopim da briga de Araújo com os senadores e da sua própria demissão.

Ele será mais um dos ex-integrantes do governo Bolsonaro a prestar depoimento na CPI, que investiga possíveis omissões da gestão no combate à pandemia de covid-19 e desvios de estados e municípios de verbas federais. Como na audiência na qual teve a saída pedida publicamente pelos senadores, Araújo deve voltar a ser cobrado por suas ações enquanto ministro para obter vacinas contra a covid-19.

A questão foi tema do último encontro com os senadores, onde Araújo ouviu de integrantes de diversos partidos, como PSDB, Rede, PT e Cidadania, que sua atuação no ministério era desastrosa para obter os produto e que, sem ele, o Brasil estaria melhor.

Quatro dias depois, Ernesto reagiu e acusou a presidente da Comissão de Relações Exteriores, senadora Kátia Abreu (PP-TO), de o pressionar antes da audiência para que agisse a favor dos chineses na implantação da rede de internet 5G no Brasil. “Se o senhor fizer um gesto em relação ao 5G, será um rei no senado”, publicou o chanceler, atribuindo a frase à senadora.

O ataque tornou a permanência de Araújo no cargo, que já era incerta, insustentável. Pressionado por grande parte do Congresso, o chanceler acabou pedindo demissão. Ele mais tarde publicaria textos rebatendo críticas de que sua gestão, marcada por incidentes diplomáticos com a China, não teria dificultado a obtenção de vacinas e de insumos.

Depois dele, o depoimento mais aguardado da semana será o do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, na quarta-feira (19). Na quinta-feira (20),está previsto o da secretária de gestão do trabalho e da educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”. 

Fonte: Portal R7