Política

Após liminar de Fux, deputado alerta para nova crise entre Poderes

Após liminar de Fux, deputado alerta para nova crise entre Poderes Após liminar de Fux, deputado alerta para nova crise entre Poderes Após liminar de Fux, deputado alerta para nova crise entre Poderes Após liminar de Fux, deputado alerta para nova crise entre Poderes

Brasília, 14 (AE) – O deputado Silvio Costa (PT do B-PE) defendeu que a decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux sobre a votação do pacote anticorrupção tem “alguma consistência” jurídica. Sem citar o caso do pedido de afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ele fez um apelo para que o caso não se transforme em uma nova crise entre os Poderes Legislativo e Judiciário.

“Nós não podemos inventar de criar uma crise entre a Câmara e o Supremo. A gente tem que serenar um pouco”, disse, em plenário, nesta quarta-feira.

A declaração do deputado aconteceu logo após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmar ter considerado a liminar de Fux uma “intromissão indevida” no trabalho da Câmara. “A gente não pode ser corporativo e dizer que invadiram as prerrogativas. A decisão do ponto de vista jurídico tem alguma consistência”, afirmou Costa.

O parlamentar defendeu o ponto levantado pelo ministro do Supremo na decisão liminar de que o projeto sobre as dez medidas anticorrupção, por ser de iniciativa popular, não poderia ter sido assumido por um parlamentar.

“A obrigação da Câmara seria conferir o título de eleitor, o CPF, a identidade das pessoas que assinaram o projeto. A Câmara não tem esse instrumento para conferir essas assinaturas. É em função disso que a Câmara coloca um autor, foi assim na Ficha Limpa. Mas, a rigor, esse é um erro continuado. Um projeto de iniciativa popular não poderia ter a assinatura de um parlamentar”, disse.

Costa destacou, no entanto, que, se a liminar de Fux for chancelada pelo plenário do STF, não haveria outro caminho a não ser invalidar a Lei da Ficha Limpa, pois a proposta seguiu a mesma tramitação do pacote anticorrupção. “A decisão do ministro Fux é correta, mas, do ponto de vista da Lei da Ficha Limpa, ela é conflitante”, afirmou.