Política

Após perícia, Toffoli irá examinar requerimento para domiciliar de Picciani

Após perícia, Toffoli irá examinar requerimento para domiciliar de Picciani Após perícia, Toffoli irá examinar requerimento para domiciliar de Picciani Após perícia, Toffoli irá examinar requerimento para domiciliar de Picciani Após perícia, Toffoli irá examinar requerimento para domiciliar de Picciani

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a realização de pericia médica no deputado federal afastado da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (MDB), que está preso preventivamente em meio a investigações sobre desdobramentos da Lava Jato. O ministro acrescentou que, após a perícia, irá examinar o requerimento da defesa para que o investigado fique em prisão domiciliar.

Registrando que a defesa de Picciani apontou necessidade de tratamento de câncer, Toffoli deu um prazo de 48 horas para a realização da perícia médica, por perito oficial, aproveitando os questionamentos que já foram apresentados à Justiça pelo Ministério Público e pela defesa. Além disso, permitiu que os advogados apontem um assistente técnico para acompanhar a perícia.

O pedido da defesa era o de que Picciani, por estar sofrendo de grave doença, fosse transferido temporariamente da prisão preventiva para a prisão domiciliar, para realizar exames que atestem a necessidade de ele realizar tratamento médico fora da prisão. No Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ministro Félix Fischer negou esse pedido da defesa.

A ordem do ministro Dias Toffoli revê a decisão do STJ, apenas em parte, para que o investigado passe pelos exames que a defesa requer. “Essa decisão acabou por frustrar a possibilidade de se aferir, satisfatoriamente, se há ou não situação extraordinária autorizadora da custódia domiciliar. Aqui reside, portanto, o constrangimento ilegal”, disse Toffoli, ao explicar porque estava concedendo uma liminar contrariando a decisão anterior do STJ.

Segundo a defesa, Picciani foi preso “pouco tempo depois de ter sido submetido a complicadíssima cirurgia, de quase dez horas de duração, destinada à retirada completa da bexiga e da próstata, para eliminação de tumor maligno, no tratamento de câncer que o acometeu, sem falar em quimioterapia”.

Toffoli avaliou que a defesa apresentou documentos que mostram “a princípio, que o paciente passa por preocupantes problemas de saúde no cárcere”. Mas, segundo ele, “para fins de acolhimento do pedido de prisão domiciliar, se mostra indispensável a demonstração de que o tratamento médico, que necessita o custodiado, não possa ser prestado no local da prisão”.