Política

Após posse, novos ministros dizem que vetos presidenciais serão mantidos

Após posse, novos ministros dizem que vetos presidenciais serão mantidos Após posse, novos ministros dizem que vetos presidenciais serão mantidos Após posse, novos ministros dizem que vetos presidenciais serão mantidos Após posse, novos ministros dizem que vetos presidenciais serão mantidos

Brasília – Ministros que foram recém-empossados nesta segunda-feira, 5, pela presidente Dilma Rousseff em cerimônia no Palácio do Planalto garantiram à reportagem que os vetos presidenciais serão mantidos na sessão do Congresso marcada para a terça-feira, 6. A avaliação dos integrantes do primeiro escalão do governo é que o governo federal atendeu ao anseio das bancadas de participar do Executivo e que Legislativo tende a ajudar na criação de um melhor ambiente de governabilidade, em especial na Câmara.

Entre os vetos que faltam ser apreciados estão o que prevê o reajuste dos servidores do Poder Judiciário, que tem impacto, segundo dados do governo, de R$ 36,2 bilhões até 2019, e o que atrela o reajuste do salário mínimo a todos os benefícios do INSS, o que representa uma despesa extra de R$ 11 bilhões no mesmo período.

“Tenho a expectativa que o governo fez os gestos políticos para construir um ambiente favorável com o Congresso e amanhã é o momento de fazer a certificação disso. A expectativa é que seja realizado para o bem do País”, disse o novo ministro da Secretaria Especial dos Portos, Hélder Barbalho (PMDB-PA).

Para Hélder, que deixou a extinta Secretaria Especial da Pesca, absorvida pelo Ministério da Agricultura, o governo buscou com a reforma ouvir e contemplar de maneira “efetiva e absolutamente coletiva” todos os atores envolvidos. Segundo ele, a manutenção dos vetos abrirá caminho para se construir um novo ambiente de relacionamento com o Legislativo.

O novo ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera (PMDB-RJ), disse que não existe risco de os vetos que constam da pauta serem derrubados. “Não existe risco de perder a votação dos vetos, não perdeu nenhum e não vai perder agora. Não existe esse risco. Eu conheço a Câmara nesses meses e não vi nenhum risco de o veto ser derrotado”, disse ele, ao ressalvar que é preciso haver uma atuação para garantir quórum com os presidentes das duas Casas Legislativas.

O novo ministro da Saúde, o deputado licenciado Marcelo Castro (PMDB-PI), não quis falar com a imprensa hoje após a posse. Ele deve dar uma entrevista coletiva amanhã.

Votação dos vetos

O governo mobiliza os aliados para tentar garantir quórum para votar os vetos presidenciais, uma vez que a sessão está marcada para as 11h30, horário em que tradicionalmente deputados e senadores começam a chegar a Brasília. A intenção de aliados é esticar a sessão do Congresso para apreciar os vetos, mesmo que ela se estenda até a noite.

Deputado federal pelo PMDB do Rio que se licenciou para virar ministro, Pansera disse que o partido na Câmara vai “com certeza” votar em peso pela manutenção dos vetos. Para serem derrubados, cada um dos vetos precisa ter pelo menos 257 dos 513 votos de deputados e 41 dos 81 senadores.