Política

Após pressão do PSOL, Alerj vai investigar isenções fiscais

Após pressão do PSOL, Alerj vai investigar isenções fiscais Após pressão do PSOL, Alerj vai investigar isenções fiscais Após pressão do PSOL, Alerj vai investigar isenções fiscais Após pressão do PSOL, Alerj vai investigar isenções fiscais

Rio – Depois de uma longa reunião com a bancada do PSOL, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB), decidiu que a CPI das Isenções Fiscais será instalada na primeira semana de fevereiro de 2017. A CPI estava em pauta desde 2011, mas só após a prisão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), em 17 de novembro, ganhou o apoio e as 27 assinaturas necessárias para sua abertura.

A comissão investigará a concessão de benefícios fiscais a empresas durante a gestão peemedebista. “É uma CPI de extrema importância. Queremos saber quais empresas recebem benefícios fiscais do governo, quantas são e quais são as contrapartidas sociais oferecidas por essas empresas”, diz o deputado Marcelo Freixo (PSOL). “A Comissão será fundamental para a recuperação das finanças do estado”, completou.

Picciani não aceitou que a CPI fosse instalada imediatamente e negociou sua abertura apenas em fevereiro. Segundo ele, uma CPI neste momento “só iria tumultuar ainda mais o ambiente da Casa e do Estado”. O PSOL tentou pressionar para uma abertura imediata, mas aceitou o prazo como “uma solução possível”. Ainda não foi definida a composição da CPI, mas como o pedido foi protocolado pelo PSOL o partido deve ter a presidência da comissão.

Deputados que assinaram o requerimento para criação da CPI, mas que não pertencem ao PSOL, fizeram questão de ressaltar que a ideia não é “demonizar os incentivos fiscais”. Para o deputado Waldeck Carneiro (PT), a CPI deve separar “o joio do trigo” e se aprofundar nos meandros da guerra fiscal.

“Claro que atrair empresas é importante e desejável, mas isso precisa ser feito com responsabilidade”, declarou.

Embora Carneiro apoie a CPI das Isenções Fiscais, ele aposta mais em outra CPI, a do Rioprevidência. “Essa seria a CPI que mostraria como o Rio se descapitalizou, como viu o fundo previdenciário derreter em pouco tempo”, comenta. Ainda não há previsão para instalação dessa comissão.

Aluguel Social

Outra resolução que saiu da reunião de Picciani com o PSOL foi marcar uma data de votação para o projeto que pode revogar o decreto que extingue o Aluguel Social. Se não houver nenhuma mudança de última hora, a medida será votada na próxima terça-feira – mesmo dia em que servidos públicos de diversas categorias estão marcando uma manifestação em frente à Alerj.

Picciani nega que a dificuldade da base do governo para aprovar as medidas do chamado “pacote do Pezão” seja um sinal de enfraquecimento. Já o deputado Carlos Osório (PSDB) pensa diferente. “O que se vê é um governo sangrando. A minha opinião, e a de outros colegas, é a de que o governo deveria cancelar o pacote. Ele (o governo) vai perder todos os pontos do pacote – ou no mínimo tê-lo todo descaracterizado. Então, o governo deveria cancelá-lo. Com isso, diminuir as tensões. Claro, a partir daí, negociar outras opções. Tenho medo que, do jeito que está, dezembro seja um mês muito tenso. Do jeito que as coisas estão, podemos ter até o réveillon do Rio de Janeiro comprometido”, opinou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.