Política

Aprovação do acordo de Alcântara na Câmara foi histórico, diz ministro

O projeto ainda precisa de aprovação do Senado, antes de passar pela sanção presidencial

Aprovação do acordo de Alcântara na Câmara foi histórico, diz ministro Aprovação do acordo de Alcântara na Câmara foi histórico, diz ministro Aprovação do acordo de Alcântara na Câmara foi histórico, diz ministro Aprovação do acordo de Alcântara na Câmara foi histórico, diz ministro
Foto: Pedro França/Agência Senado

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, comemorou hoje (23), em São Paulo, a aprovação na Câmara do decreto legislativo sobre o acordo de salvaguardas tecnológicas assinado pelo Brasil e pelos Estados Unidos para permitir o uso da base de Alcântara (MA). Em entrevista à Agência Brasil, o ministro disse que a aprovação na Câmara, ontem (22), foi um “momento histórico para o programa espacial”. O projeto ainda precisa de aprovação do Senado, antes de passar pela sanção presidencial.

“O acordo de salvaguardas tecnológicas estava em negociação há 20 anos. Ontem foi um momento histórico para o programa espacial brasileiro, para as comunidades todas da região de Alcântara que vão ter a qualidade de vida melhorada consideravelmente. É um primeiro passo. Temos ainda o Senado. Mas uma vez que esteja aprovado no Congresso, passamos para a segunda fase desse projeto, que são os planos de negócio, que vão ser feitos com as comunidades locais, governo local, empresas e escolas. Uma vez aprovado o plano de negócios, iniciamos as operações”, disse.

A expectativa do ministro é de que todo o plano de negócios, as melhorias iniciais de infraestrutura necessárias para o começo das operações e as negociações internacionais possam demorar cerca de um ano. “Para 2021 poderemos ter o início das operações”, disse.

O ministro participou hoje da 11º Dia da Engenharia Brasil-Alemanha, realizado pela Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha (VDI-Brasil). Durante o evento, ele recebeu o prêmio VDI-Brasil – Destaque de Engenharia de 2019.

5G

Durante o evento, o ministro falou aos engenheiros que o leilão do 5G deve ocorrer no ano que vem. “As quatro frequências do 5G estão sendo limpas. Tem algum problema ainda [na faixa dos] 3,5 GHz. Estão fazendo testes para verificar a não interferência com antenas parabólicas”.

Pontes explicou que o processo está em andamento para que o leilão de frequências ocorra em 2020. “[Isso] vai permitir o começo da aplicação do 5G no país que, ligado com a Internet das Coisas [Plano Nacional da Internet das Coisas, cujo decreto foi publicado em junho], vai revolucionar muitos setores”, disse.

Ciência na Escola

O ministro comentou ainda sobre o projeto Ciência na Escola. Ele disse que o programa visa levar ciência e tecnologia para os ensinos Fundamental e Médio. Segundo Pontes, a ideia é melhorar a qualidade do ensino de ciências.

“Para isso, temos ações que levam crianças para dentro das universidades e de nossos equipamentos de pesquisa. E também pesquisadores para dentro das escolas, com melhoria da formação de professores de ciências, além de competições e olimpíadas científicas. É um programa grande, em âmbito nacional, que deve ser ampliado pelo Ministério da Educação para o ensino profissionalizante”, disse.

Segundo Pontes, os editais do programa já estão em andamento. “A gente espera que no ano que vem já tenhamos os primeiros resultados sendo apresentados para o país”.

*Com informações da Agência Brasil