Política

Arruda desiste de candidatura no Distrito Federal

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Brasília – O ex-governador José Roberto Arruda (PR) anunciou neste sábado (13) que está deixando a campanha e confirmou que o ex-deputado Jofran Frejat assumirá seu lugar como candidato do partido ao governo do Distrito Federal. Ele também afirmou que sua mulher, Flávia Peres, será a vice de Frejat.

No comando do DF entre 2006 e 2010, Arruda é suspeito de envolvimento com um esquema de compra de apoio político conhecido como “mensalão do DEM”, partido ao qual era filiado. O caso veio à tona há quatro anos com a divulgação de vídeos de Arruda e de aliados recebendo dinheiro. À época, o ex-governador chegou a ser preso pela Polícia Federal.

“Quem deve a partir deste momento receber o meu bastão é o Jofran Frejat”, declarou Arruda, em um ato político convocado no diretório local do PR para chancelar a troca. “Chegou a hora do tudo ou nada.”

Enquadrado como “ficha suja”, Arruda vinha travando uma batalha judicial para conseguir concorrer. Ele sofreu o último revés na noite de quarta-feira, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro da candidatura do ex-governador.

No ato desta tarde, Arruda acusou o PT, partido do atual governador do Distrito Federal e candidato a reeleição Agnelo Queiroz, de tentar ganhar a eleição “no tapetão”. “A história revela o uso de uma boa lei para fins mesquinhos. Hoje o que se vê é a excepcionalidade da aplicação da lei justamente no meu caso porque o PT resolveu ganhar no tapetão”, disparou Arruda.

Em reunião nesta manhã, Arruda disse a aliados que não contava com uma reversão do quadro no Supremo Tribunal Federal (STF) e, como o prazo para a substituição de candidatura acaba nesta segunda-feira (15), decidiu promover a troca. O rearranjo teve a bênção do ex-governador Joaquim Roriz, principal aliado de Arruda na briga pelo governo do DF.

Em um inflamado discurso, no qual Arruda alegou que promovia seu “último gesto na vida pública”, o ex-governador disse que foi derrotado em diversas instâncias judiciais. Alegou ainda que com a distribuição de seu caso no Supremo Tribunal Federal para a ministra Rosa Weber, o registro de sua candidatura foi definitivamente negado. “Não desisti e não me acovardei.”

Também pesou na decisão, segundo o próprio Arruda, o fato de uma impugnação após a data limite para a substituição de candidatura afetar todo o grupo político que apoiava sua eleição. “Não seria apenas o fim da minha carreira política. Seria o fim de projeto que é muito maior do que eu.”

Escolha

Segundo o Broadcast Político apurou, Frejat, que concorria como vice de Arruda, foi o nome escolhido por ter baixa rejeição e sobretudo por ser próximo de Roriz.

Aliados disseram ainda que abrir mão da cabeça da chapa foi uma decisão pessoal de Arruda e alegaram que, mesmo fora oficialmente da disputa, ele deve se empenhar na campanha. Sem o ex-governador operando nos bastidores e pedindo votos para o novo candidato, o nome de Frejat poderia não ser competitivo na corrida eleitoral.