Política

Ato pelo impeachment de Dilma reúne seis manifestantes em Brasília

Ato pelo impeachment de Dilma reúne seis manifestantes em Brasília Ato pelo impeachment de Dilma reúne seis manifestantes em Brasília Ato pelo impeachment de Dilma reúne seis manifestantes em Brasília Ato pelo impeachment de Dilma reúne seis manifestantes em Brasília

Brasília – Ato pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em frente ao prédio da Petrobras em Brasília reúne, neste momento, seis manifestantes e 12 policiais militares. O movimento foi organizado, por redes sociais, pelo grupo “Revoltados Online”. Marcado para as 17 horas, o protesto reuniu até agora dois carros com adesivos e bandeiras que pedem o impeachment da presidente. Um dos manifestantes veste um colete pedindo a saída de Dilma. A ideia dos ativistas é percorrer, de carro, a Esplanada dos Ministérios, promovendo um buzinaço.

Para evitar confronto, eles mudaram a estratégia original e não passarão mais pela rodoviária da cidade, onde organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fazem ato nesta tarde pela defesa da democracia. Os manifestantes que estão em frente ao prédio da Petrobras em Brasília criticaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por supostamente ter convocado o “exército do Stédile” para fazer frente às manifestações contrárias ao governo.

Uma das organizadoras do ato, a auditora aposentada do Tribunal de Contas da União (TCU) Claudia de Faria Castro, defendeu a saída de Dilma da Presidência da República, mas disse ser contrária à hipótese de intervenção militar. “Intervenção militar, a gente acha incogitável”, afirmou. “Precisamos dar um recado. Acho que o povo tem de amadurecer. Nosso objetivo é dizer que estamos atentos. Não queremos deixar espaço para quem não nos representa”, declarou a manifestante, dizendo acreditar que o impeachment seria capaz “de resolver a curtíssimo prazo os problemas do País”.

O professor de inglês e filosofia Edgar de Souza, de Campinas, disse que estar em Brasília há três dias para reforçar o movimento. Segundo ele, a presidente Dilma desrespeita a Constituição e que, por isso, pode ser impedida. “O governo perdeu a moralidade, a eficiência e não tem transparência. Collor foi cassado por muito menos. Temos um desmando no governo”, afirmou. O professor disse que o Presidente da República ideal seria o candidato derrotado e atual senador pelo PSDB Aécio Neves. Souza está vestido com um colete em que, na frente, é possível ler “sou golpista porque sou contra Dilmabras corruPTçãobras, PTbras, violência, diPTadura, inflação. A Graça saiu. Falta a desgraça. Impeachment já”. Nas costas, ele estampa personalidades que admira: o juiz federal Sérgio Moro, responsável pela apuração do caso Lava Jato, o pastor Silas Malafaia e os jornalistas Reinaldo Azevedo, Luiz Datena, Rachel Sheherazade, Ratinho, Alexandre Garcia, Chico Pinheiro e Arnaldo Jabor.

O protesto ocorre de forma tranquila. OS funcionários da Petrobras que trabalham no local não foram liberados mais cedo, como chegou a ser sugerido pela Polícia Militar.