Política

Banqueiro detido dorme no presídio Bangu, no Rio

A transferência de Esteves da carceragem da PF para o presídio Ary Franco foi determinada pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal)

Banqueiro detido dorme no presídio Bangu, no Rio Banqueiro detido dorme no presídio Bangu, no Rio Banqueiro detido dorme no presídio Bangu, no Rio Banqueiro detido dorme no presídio Bangu, no Rio
O banqueiro foi preso na manhã desta quarta-feira Foto: Estadão Conteúdo

André Esteves, presidente do banco BTG Pactual, passou a última noite na penitenciária de Bangu 8, na zona norte do Rio. O banqueiro foi preso na quarta-feira (25) em novos desdobramentos da Operação Lava Jato. Mas ele não é o primeiro banqueiro a ocupar uma vaga naquela unidade prisional.

Em 2008, após ser extratidado de Mônaco, o proprietário do falido banco Marka, Salvatore Cacciola, permaneceu preso em Bangu 8. O motivo da coincidência é que ambos têm diploma de nível superior.

Após deixar a Superintendência da Polícia Federal, na noite de quinta-feira (26), Esteves foi levado ao Instituto Médico Legal, onde fez exame de corpo de delito e depois chegou a passar pela penitenciária Ary Franco, para fazer triagem.

Bangu 8 é considerada uma cadeia um pouco mais estruturada que o presídio Ary Franco, cujo fechamento foi pedido pela ONU em 2012. Na época, relatório da Subcomissão de Prevenção da Tortura das Nações Unidas descreveu casos de tortura e tratamento degradante aos detentos, além de celas insalubres, com sujeira e infestação de insetos.

A transferência de Esteves da carceragem da PF para o presídio Ary Franco foi determinada pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), na quinta-feira. Na mesma decisão, o ministro negou pedido de liberdade a Esteves.

A transferência do banqueiro foi requerida pela Polícia Federal. Os delegados informaram ao ministro que não têm condições de mantê-lo na Superintendência do Rio por falta de espaço.

O dono do BTG cumpre prisão temporária de cinco dias, que podem ser prorrogados por mais cinco. Porém, também existe a possibilidade de ela ser convertida em provisória, ou seja, por tempo indeterminado. 

Além dele, foi preso o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), também por determinação de Zavascki. De acordo com a Procuradoria-Geral da República, que solicitou as prisões, o senador Delcídio prometeu à família do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró pagamento de R$ 50 mil mensais para que este não assinasse acordo de colaboração com o Ministério Público Federal ou não mencionasse o senador e André Esteves em um possível acordo.

As informações são do R7.