Política

Luís Roberto Barroso quer "feminilização" dos tribunais

Novo presidente do STF disse também que a questão da interrupção da gestação é uma pauta controvertida e disse ser normal que o tema seja discutido pelo Congresso

Luís Roberto Barroso quer “feminilização” dos tribunais Luís Roberto Barroso quer “feminilização” dos tribunais Luís Roberto Barroso quer “feminilização” dos tribunais Luís Roberto Barroso quer “feminilização” dos tribunais
Foto: Carlos Moura/SCO/STF

O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, voltou a defender nesta sexta-feira (29), a “feminilização” dos tribunais, mas reforçou que é prerrogativa do presidente da República a indicação de nomes ao cargo de ministros da Corte.

Apesar de haver uma defesa pública para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique uma mulher para substituir a ministra Rosa Weber na Corte, os cotados para a vaga aberta são homens: os ministros Flávio Dino (Justiça) e Jorge Messias (AGU), e o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas

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Barroso elogiou os três citados atualmente. “Nomes em evidência são excelentes”, disse o presidente do STF.

Congresso

Barroso também afirmou que a questão da interrupção da gestação é uma pauta controvertida em todo mundo e disse ser perfeitamente normal que o tema seja também discutido pelo Congresso, e não apenas pela Corte.

“Interrupção da gestação é questão controvertida em todo mundo. Em alguns países esse tema foi resolvido pelos tribunais constitucionais, em outros países foi resolvido, foi tratado por legislação, e acho perfeitamente normal que uma questão importante e divisiva da sociedade como essa seja debatida no Congresso também, de modo que não acho que isso seja problema”, afirmou Barroso.

A ministra Rosa Weber, então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e agora aposentada, votou na última sexta-feira (22), a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. 

A decisão gerou uma reação no Parlamento, especialmente na bancada evangélica, que se posiciona contrária à discussão e tem pressionado publicamente a Corte. O julgamento foi, no entanto, transferido para o plenário físico, já que Barroso pediu destaque e interrompeu a votação.