Política

Berzoini diz que impostos são sempre 'antipáticos', mas defende volta da CPMF

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Brasília – Responsável por conduzir as negociações para a aprovação da CPMF no Congresso, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) admitiu nesta quarta-feira, 28, que a criação de um novo tributo é uma medida “antipática”. Ele, no entanto, defendeu a iniciativa diante da crise econômica pela qual passa o País.

“Impostos são sempre antipáticos. A população, os empresários e os trabalhadores evidentemente não querem pagar mais impostos”, disse o ministro em entrevista à TV NBR.

Para conseguir o apoio de governadores e prefeitos, o Palácio do Planalto tem negociado repartir os recursos arrecadados. Segundo o ministro, o governo apoia a ideia de que a nova CPMF tenha uma alíquota de 0,38%, dos quais 0,20% ficaria com a União e 0,18% seria dividido igualmente entre Estados e municípios.

No próximo dia 19, a presidente Dilma Rousseff vai receber prefeitos e governadores para tentar fechar os últimos detalhes do acordo. O governo já aceitou, por exemplo, que os demais entes federativos possam investir os recursos arrecadados em saúde e assistência social e não somente na Previdência, como era a ideia inicial.

Ao justificar a necessidade do novo imposto para colocar as contas em ordem, Berzoini voltou a classificar a medida como “antipática”. “Se nós não tivermos decisões firmes, corajosas, muitas vezes até antipáticas, mas que permitam equilibrar a situação econômica, não vamos superar essa crise e poderemos, na verdade, agravar a situação”, afirmou.

Questionado se o governo conseguiria aprovar essa e outras medidas do ajuste fiscal ainda este ano, o ministro afirmou que o governo já trabalha com a possibilidade de que nem todas as propostas sairão do papel até dezembro.

Impeachment

Sem comentar diretamente a existência de um parecer favorável da Câmara ao pedido de impeachment da Dilma, Berzoini classificou a iniciativa como uma “aventura golpista”.

O ministro defendeu que, apesar de o processo de impedimento estar previsto na Constituição, não há fato que possa levar ao afastamento da presidente. “Não há a identificação de um fato para o impeachment. O que há é o desejo da oposição”, disse.