Política

Bolsonaro assina MP que permite usar fundo para custear saúde de servidores da PF

O agrado à categoria, base importante para os planos eleitorais de Bolsonaro em 2022, vem na semana em que o governo discute a reestruturação das carreiras policiais

Bolsonaro assina MP que permite usar fundo para custear saúde de servidores da PF Bolsonaro assina MP que permite usar fundo para custear saúde de servidores da PF Bolsonaro assina MP que permite usar fundo para custear saúde de servidores da PF Bolsonaro assina MP que permite usar fundo para custear saúde de servidores da PF
Foto: Agência Brasil

Enquanto pressiona o ministério da Economia a conceder reajuste a policiais federais, o presidente Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira (16) Medida Provisória (MP) que amplia a possibilidade de uso de recursos do Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim da Polícia Federal (Funapol). 

O texto, que deve ser publicado amanhã no Diário Oficial da União (DOU), autoriza, por exemplo, o custeio de despesas com saúde dos servidores da corporação.

O agrado à categoria, base importante para os planos eleitorais de Bolsonaro em 2022, vem na semana em que o governo discute a reestruturação das carreiras policiais. Como mostrou o Estadão/Broadcast na terça-feira, o ministro da Justiça, Anderson Torres, com as bênçãos de Bolsonaro, apresentou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, proposta que prevê aumento de custos de R$ 2,8 bilhões só em 2022. Até 2024, os cofres públicos devem gastar mais R$ 11 bilhões com o agrado.

De acordo com o governo, a ampliação das possibilidades do Funapol, no entanto, não devem gerar aumento de despesas. Com força de lei no momento da sua edição, a MP, que precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias para não caducar, também autoriza o custeio do transporte, hospedagem e alimentação de servidores em missões e operações de natureza oficial.

“A relevância e a urgência da medida decorrem da importância de evitar que os servidores da Polícia Federal estejam desabrigados quando acometidos de enfermidades e de assegurar a continuidade da prestação do serviço público”, diz comunicado enviado à imprensa pela secretaria-geral da Presidência. “Afinal, sem o servidor em condições ideais de atuação, a polícia não opera e não cumpre seu desiderato constitucional”, acrescenta o governo.