Política

Bolsonaro ironiza urnas eletrônicas em evento com empresários

Nos últimos dias, Bolsonaro vinha evitando fazer críticas ao sistema eleitoral, em uma tentativa de trégua com o Judiciário

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Foto: Antonio Augusto/TSE

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou nesta terça-feira, 23, as urnas eletrônicas durante o Congresso Aço Brasil 2022, em São Paulo. “Só tem uma coisa que é infraudável no Brasil, pessoal sabe o que é”, disse o candidato à reeleição, que tem atacado de forma sistemática e sem provas o sistema eleitoral brasileiro.

Em entrevista ontem ao Jornal Nacional, da TV Globo, Bolsonaro disse que respeitaria o resultado das eleições, mas “desde que sejam limpas e transparentes”. O presidente também afirmou que o conflito com o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está “superado”.

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No último dia 16, o chefe do Executivo foi à posse de Moraes no TSE. O ministro, que é um dos principais alvos do presidente no Supremo, fez um discurso a favor da democracia, na ocasião, e foi aplaudido. Nos últimos dias, Bolsonaro vinha evitando fazer críticas ao sistema eleitoral, em uma tentativa de trégua com o Judiciário.

Em julho passado, o presidente reuniu embaixadores no Palácio da Alvorada para colocar em dúvida a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro, o que gerou reação da sociedade civil, com manifestos em defesa da democracia que foram apoiados por parte do setor empresarial.

Impostos

Bolsonaro também destacou no discurso a empresários do setor siderúrgico a redução de impostos desde o início de seu governo. Citando a intenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, de zerar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o chefe do Executivo sustentou que a direção tem sido diminuir tributos sem prejudicar a competitividade da indústria.

O presidente disse que os empresários da indústria não poderiam seguir competindo com uma bola de ferro presa na perna quando os chineses estavam entrando no mercado com facilidade.

Em relação à ideia de reduzir o IPI, Bolsonaro garantiu que o governo não pretende prejudicar a Zona Franca de Manaus, cuja competitividade seria comprometida com a medida. “Ninguém quer prejudicar a Zona Franca de Manaus. Se houver prejuízos, discute-se medidas compensatórias”, afirmou Bolsonaro durante o discurso.