Política

Bolsonaro recebe 'Major Curió' no Palácio do Planalto

Sebastião Curió Rodrigues de Moura, de 85 anos, foi agente da repressão durante a ditadura militar e atuou no combate à Guerrilha do Araguaia

Bolsonaro recebe ‘Major Curió’ no Palácio do Planalto Bolsonaro recebe ‘Major Curió’ no Palácio do Planalto Bolsonaro recebe ‘Major Curió’ no Palácio do Planalto Bolsonaro recebe ‘Major Curió’ no Palácio do Planalto
Foto: Reprodução/Facebook do senador Chico Rodrigues (DEM-RR)
Bolsonaro conversa com o Major Curió no Palácio do Planalto

Um dia depois de participar de manifestações contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, o presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu, na última segunda-feira (4) no Palácio do Planalto, o tenente-coronel da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o “Major Curió”, de 85 anos. O agente da repressão durante a ditadura militar atuou no combate à Guerrilha do Araguaia, no sudeste paraense, nos anos 70.

Numa foto do encontro no Palácio, que não estava previsto na agenda oficial, Bolsonaro  conversa com o militar reformado, por sua vez sentado em uma cadeira de rodas. A informação foi publicada pelo jornalista Rubens Valente, colunista do site UOL.

O relatório final da Comissão Nacional da Verdade, de 2014, relacionou o Major Curió como um dos 377 agentes do Estado brasileiro que praticaram crime contra os direitos humanos na ditadura.

Para o Ministério Público Federal (MPF), os crimes atribuídos ao Major Curió são de lesa-humanidade. Portanto, alheios à prescrição e à anistia.

Ele e outros militares discordam e buscam enquadrar as acusações à Lei da Anistia, de 1979.

Herzog

O juiz federal Alessandro Diaferia, da 1.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, rejeitou denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal contra seis pessoas acusadas de participar da morte e falsificação de laudo médico do jornalista Vladimir Herzog.

O caso ocorreu em 1975 na sede do DOI-Codi em São Paulo durante a ditadura militar.

Os denunciados eram: o comandante Audir Santos Maciel, os chefes de comando da 2.ª seção do Estado-Maior do II Exército José Barros Paes e Altair Casadei, os médicos legistas Harry Shibata e Arildo de Toledo Viana e o representante do Ministério Público Militar responsável pelo caso, Durval Ayrton Moura de Araújo.