Política

Brechas no rito dificultam definição de prazo para impeachment, diz Lewandowski

Brechas no rito dificultam definição de prazo para impeachment, diz Lewandowski Brechas no rito dificultam definição de prazo para impeachment, diz Lewandowski Brechas no rito dificultam definição de prazo para impeachment, diz Lewandowski Brechas no rito dificultam definição de prazo para impeachment, diz Lewandowski

Brasília – Brasília, 17/05/2016 – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, alertou a senadores, em reunião nesta terça-feira, 17, que será difícil definir prazo final para o processo do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. De acordo com o ministro, brechas no rito que permitem recursos e judicialização podem atrasar o trâmite da denúncia contra a petista.

Lewandowski recebeu o presidente da comissão do impeachment no Senado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), e o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), para discutir o caso. Segundo os parlamentares, a previsão de datas para a segunda etapa de trabalhos da comissão do impeachment será submetida na próxima terça-feira, 24, à votação dos senadores que compõem o colegiado especial.

“(O prazo) não pode ser tão curto que prejudique a defesa da presidente, nem tão longo a ponto de criar dois problemas para o País. (Se o processo se alongar), primeiro coincidirá com as eleições municipais e segundo criaria uma ansiedade por parte da a sociedade brasileira porque um prazo muito longo iria exatamente coincidir com o prazo final de 180 dias”, disse Lira.

Lira já havia defendido que 120 dias seria o tempo ideal para o Senado concluir o processo. Agora, no entanto, sem poder definir um dia D para o julgamento do caso, os senadores adotaram um tom mais cauteloso. Anastasia foi evasivo e evitou fixar uma data para divulgar o parecer desta segunda fase dos trabalhos da comissão. Ele informou que a palavra final do Senado sobre a situação de Dilma poderia ser em meados de setembro.

Dilma foi afastada na última quinta-feira, 12, pelo Senado por 55 votos a 22. A medida a suspende do cargo de presidente por 180 dias, prazo final para que ela seja julgada. A partir de agora, a comissão do impeachment deverá reunir provas e ouvir tanto testemunhas de defesa quanto de acusação sob a supervisão do ministro Lewandowski.

Segundo revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai revisar a defesa de Dilma que será enviada ao Senado. O prazo da petista termina dia 1º de junho.