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Calamidade permite socorro, mas não autoriza empréstimos, diz Moreira Franco

Calamidade permite socorro, mas não autoriza empréstimos, diz Moreira Franco Calamidade permite socorro, mas não autoriza empréstimos, diz Moreira Franco Calamidade permite socorro, mas não autoriza empréstimos, diz Moreira Franco Calamidade permite socorro, mas não autoriza empréstimos, diz Moreira Franco

Rio de Janeiro – O secretário-executivo do Programa de Parceria em Investimentos (PPI), Moreira Franco, confirmou neste sábado, 18, que o governo federal editará uma medida provisória de socorro financeiro ao Estado do Rio e informou que os recursos serão destinados à conclusão da linha 4 do Metrô, que liga a Barra da Tijuca (zona oeste) e Ipanema (zona sul,) e ao pagamento de servidores públicos. Moreira negou que a decretação de calamidade pública nas finanças do Estado signifique autorização para o Rio de Janeiro contrair novos empréstimos. O Estado superou o limite de endividamento, de 200% da receita corrente líquida. Além disso, está inadimplente com a União.

O decreto de calamidade pública foi assinado na tarde desta sexta-feira pelo governador em exercício, Francisco Dornelles (PP), com o argumento de que a situação crítica das finanças impedia o Estado de honrar compromissos assumidos para a realização dos Jogos Olímpicos. A medida provisória destinará R$ 3 bilhões em transferência direta da União para o Estado.

“O governo federal tinha assumido uma série de compromissos para a Olimpíada e o presidente Michel Temer achou que era fundamental que os Jogos se realizassem dentro do previsto, para não prejudicar a credibilidade do País, que já está muito baixa”, afirmou Moreira, um dos mais próximos auxiliares do presidente em exercício Michel Temer. “O governo federal não está autorizando o Estado a pegar novos empréstimos. O Estado do Rio não tem condição de contrair novos empréstimos. Todo mundo está vinculado ao acordo de Basileia”, acrescentou Moreira, referindo-se ao conjunto de acordos firmado entre bancos centrais de vários países com exigências mínimas para concessão de crédito.

Ex-governador do Rio, Moreira afirmou que o repasse federal ao Estado é emergencial e que caberá a Dornelles reorganizar as contas do Estado. “O governo federal está fazendo a parte dele e é fundamental que o governador Dornelles também faça sua parte para reequilibrar as finanças do Rio de Janeiro”, declarou. “O presidente Temer vai manter o compromisso assumido, para não criar danos à imagem do Brasil, que já está ruim. Não queremos que 5 bilhões de pessoas que assistirão aos jogos achem que isso aqui é um horror”, disse.

Moreira participou do jantar, na quinta-feira, 16, no Palácio do Jaburu, em Brasília, em que foram acertados os detalhes do socorro federal ao Rio de Janeiro e a decretação do estado de calamidade financeira. Estavam presentes, além de Moreira, Temer e Dornelles, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e do PMDB-RJ, Jorge Picciani.