Política

Cardozo diz que respeita decisão de pedir que Dilma seja investigada

Cardozo diz que respeita decisão de pedir que Dilma seja investigada Cardozo diz que respeita decisão de pedir que Dilma seja investigada Cardozo diz que respeita decisão de pedir que Dilma seja investigada Cardozo diz que respeita decisão de pedir que Dilma seja investigada

Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou há pouco, ao deixar o gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que respeita o direito das oposições de pedir que a presidente Dilma Rousseff seja investigada na Operação Lava Jato.

“É da vida política. Se alguém acha que alguma coisa deve ser investigada, que peça a investigação”, disse ele.

Em seguida, Cardozo afirmou que a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não deixa dúvidas de que não há nada contra Dilma, assim como despacho do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal. “Não há nada imputável à presidente da República nessa investigação.”

As declarações de Cardozo foram dadas logo depois de reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quando o ministro apresentou um pacote de iniciativas de combate à corrupção.

Cardozo disse que discorda da iniciativa da oposição. “Temos que respeitar, embora discordemos. O que eu acho é que é a hora de nós termos busca de convergência. A sociedade exige respostas à altura dos homens, das pessoas públicas, das mulheres que atuam na vida pública à altura dos problemas que nós temos. Vamos investigar, apurar, punir quem tem que ser punido, mas também vamos criar condições para que o Brasil avance no combate à corrupção, no combate à impunidade e na perspectiva de termos cada vez mais uma economia e um desenvolvimento social melhor”, disse o ministro.

Indagado sobre os panelaços que têm ocorrido no País quando autoridades falam em cadeia nacional de rádio e TV – entre elas a presidente da República -, Cardozo disse que tudo é legítimo. “O panelaço é absolutamente legítimo. Um governo que se incomoda com manifestações que sejam contrárias a ele não é um governo democrático. A presidente Dilma Rousseff e sua equipe de ministros têm um forte comprometimento com a democracia. As pessoas que querem protestar, que protestem, vamos respeitá-las. Da mesma forma que deve se respeitar as pessoas que aplaudem o governo e acham que o governo segue uma linha correta.”

Segundo Cardozo, nesse momento é muito importante que seja feito o diálogo com as forças políticas do Congresso, sejam elas governistas, oposicionistas, ou da sociedade. “Esse diálogo é muito importante”, afirmou. “Por isso, vamos dialogar com todas as forças políticas. Todos os brasileiros querem enfrentar com firmeza, com coragem, com determinação, o problema da corrupção. Temos que pegar outras propostas que venham de entidades da sociedade, de forças governistas, oposicionistas, para que isso possa ter um bom resultado.”

O ministro afirmou ainda que todos, do Executivo ou do Legislativo, devem ouvir o que diz a sociedade. “E a sociedade tem um forte desejo de combate à corrupção. E esse forte desejo tem que ser traduzido em boas propostas. O governo apresentará amanhã algumas boas propostas. Tenho certeza que no Legislativo existem outras boas propostas. Também tenho a convicção de que na sociedade civil existem outras propostas. Vamos discuti-las, buscar encontrar as nossas convergências e, na busca da nossa convergência, atacar esse problema que atinge a tantos brasileiros.”

Para Cardozo, o que se espera dos homens e mulheres que atuam na vida pública brasileira é que tenham o senso de atender o que a sociedade exige. “Que busquem mais as suas convergências e explorem menos as suas divergências. Sob o comando da presidente Dilma Rousseff vamos seguir nessa linha.”