Política

Cardozo pede que manifestantes não façam "ação de ódio"

Cardozo pede que manifestantes não façam “ação de ódio” Cardozo pede que manifestantes não façam “ação de ódio” Cardozo pede que manifestantes não façam “ação de ódio” Cardozo pede que manifestantes não façam “ação de ódio”

Brasília – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pediu na manhã desta quarta-feira, 11, que as manifestações contrárias ao governo não sejam uma “ação de ódio”. Protestos contra o governo Dilma estão marcados para acontecer neste domingo em várias capitais do Brasil, uma semana após o panelaço que foi registrado durante pronunciamento da presidente em cadeia nacional de rádio e TV. “O governo tem essa tolerância com as pessoas que o criticam e gostaríamos muito que essas pessoas não fizessem uma ação de ódio, de raiva. Expressem suas ideias democraticamente, vamos nos tolerar”, pediu o ministro nesta manhã.

Cardozo disse que as manifestações são legítimas desde que pacíficas e com “respeito às regras democráticas”. “Ou seja, manifestam-se dentro da lei, dentro da ordem, respeitam-se as autoridades constituídas, afastam-se quaisquer posturas golpistas”, completou.

Questionado se avaliava como “golpismo” as manifestações pelo impeachment da presidente, uma das principais bandeiras dos protestos deste final de semana, Cardozo afirmou que o País teve uma eleição “legitimamente feita” e que não vê motivo para que o quadro atual seja alterado. “Nós tivemos uma eleição legitimamente feita, a democracia existe no País, não existem quaisquer razoes jurídicas para que se mude esse quadro que está posto”, respondeu.

“Pessoalmente tenho visto de todos os lados muita intolerância. A tolerância é um pressuposto da democracia. O que não podemos ter jamais é uma ação de ódio em que pessoas são estigmatizadas, atacadas pelo simples fato de pensarem ou de terem alinhamentos ideológicos e políticos”, completou Cardozo.

Mais cedo, o PSDB declarou apoio às manifestações do final de semana. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que não irá participar dos protestos para evitar que se classifique o movimento como uma tentativa de “terceiro turno”.