
Para o governador Renato Casagrande (PSB), o DNA do Espírito Santo está relacionado à relação institucional forte do Estado que, segundo ele, tem dado segurança aos capixabas. O chefe do Executivo estadual discursou na tarde desta segunda-feira (1º) no evento Buy ES, realizado no Cais das Artes, em Vitória.
“Ao final do dia, o que nos interessa é que possamos ofertar confiança. Ter instituições públicas que geram confiança. E para isso, a primeira tarefa é fortalecer as instituições para que elas fiquem cada uma dentro das suas prerrogativas. Sem isso, quando uma começa a exercer o poder de outra, começamos a ter crise.”
O governador destacou a importância da boa gestão logo após desembarcar de São Paulo, onde esteve para falar justamente sobre as ações do governo capixaba que lhe conferiram o prêmio de Estado mais transparente do Brasil, da Transparência Internacional.
Utilizando de exemplo a relação conflituosa do Congresso Nacional com o Supremo Tribunal Federal (STF), Casagrande ressaltou que quando um poder extrapola seus limites, o Estado todo acaba prejudicado.
“O Congresso extrapolou sua prerrogativa, avançando sobre o orçamento do Executivo. Hoje as emendas parlamentares são de milhões de reais e execução obrigatória. O poder Executivo não pode perder a liderança do orçamento. Eu sou responsável se o Espírito Santo desequilibrar as contas hoje.”
Para o governador, contas desequilibradas resultam em um não cumprimento das funções de cada instituição. Dado o contexto nacional, ele defende que agora “será preciso um pacto nacional para colocar a pasta de volta para dentro do tubo.”
Finanças e instituições fortes
Diante do desafio brasileiro pontuado, Casagrande defendeu que o Espírito Santo tem capacidade de apresentar, hoje, resultados para a população porque há organização das finanças. “Não existe instituição forte sem finanças organizadas.”
O gestor destacou investimentos em infraestrutura, que até o fim de seu governo devem alcançar os R$ 25 bilhões, também na segurança e educação e defendeu que é uma decisão política manter o Estado equilibrado para poder fazer investimentos.