Política

Caso de deputado do PP chega ao Supremo

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São Paulo – A Justiça Federal do Paraná encaminhou ao Supremo Tribunal Federal trecho de investigação em que o deputado Nelson Meurer (PP-PR) é citado como beneficiário do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro desbaratado na Operação Lava Jato. Ele é acusado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimentos à Polícia Federal.

A petição chegou ao STF no dia 13 de janeiro e foi encaminhada ao gabinete do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo. Como o caso tramita em segredo de justiça, os autos foram diretamente para o gabinete do ministro e só poderão ser abertos na volta do magistrado após o fim recesso judiciário, que acaba em janeiro.

O Supremo é a Corte responsável pelas investigações contra autoridades com foro privilegiado – caso dos deputados federais.

Segundo despacho do juiz Sérgio Moro, do dia 18 de dezembro de 2014, a Polícia Federal “encontrou lançamentos efetuados a título de ‘Nelson’ e ‘Nelson Meurer'” nos anos de 2008 e 2009. Moro se refere a um laudo pericial feito a partir de provas capturadas em março de 2014, quando a Lava Jato foi deflagrada, e que foram concluídas em outubro do ano passado. “Trata-se novamente de encontro fortuito de provas, não estando o fato no prognóstico inicial da investigação”, escreveu. Foram examinados registros eletrônicos de contabilidade do Posto da Torre, em Brasília – posto que batizou a Operação de Lava Jato.

Nas palavras de Moro, embora seja “prematura” uma conclusão a respeito do envolvimento de Meurer, os lançamentos podem ser referentes a pagamentos feitos pelo doleiro Carlos Habib Chater, a pedido do também doleiro Alberto Youssef, ao parlamentar. No despacho, o juiz aponta que no curso das investigações foram descobertas provas referentes a supostos crimes praticados por outros parlamentares como André Vargas (sem partido-PR), Fernando Collor (PTB-AL) e Luiz Argôlo (SD-BA), todos remetidos ao STF.

Procurado, o parlamentar negou que tenha sido beneficiado pelo esquema de corrupção. “Primeiro que eu não sei se existe esse posto em Brasília. Nunca recebi recurso nenhum, a não ser oficial que está registrado na minha prestação de contas em 2010. Nem conheço e nem sei quem é esse cara do posto da Lava Jato”, respondeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.