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Chefe do Taleban no Afeganistão pede demissão

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Cabul – O chefe do Taleban no Afeganistão, Mullah Abdul Qayum Zakir, pediu demissão do seu cargo. A renúncia do comandante militar, considerado linha-dura, representa uma grande mudança de liderança, o que poderia facilitar o reinício das conversações de paz destinadas a acabar com a guerra que já dura 13 anos no Afeganistão.

Dentro dos quadros superiores da insurgência, Mullah Zakir foi um dos maiores adversários nas negociações de paz com o governo de Cabul. Sua renúncia pode permitir que os líderes mais moderados da insurgência desempenhem um papel maior em possíveis negociações de paz, segundo pessoas ligadas ao Taleban.

Em comunicado, a liderança do grupo fundamentalista informou que Zakir renunciou “devido à sua falta de saúde e à pesada carga de trabalho”. A organização terrorista acrescentou que o ex-líder continua a ser um membro da Quetta Shura, conselho de liderança global do Taleban, e que ele se ocupará agora com “outros trabalhos jihadista importantes”.

Alguns funcionários afegãos e membros do Taleban afegão dizem que Zakir, que ganhou destaque após ser libertado de Guantánamo, em Cuba, em 2007, foi, na verdade, rebaixado devido ao aprofundamento das tensões entre ele e os líderes talebans mais moderados.

Segundo um dos membros, o conselho de liderança tinha recebido várias queixas contra Mullah Zakir e muitos não estavam felizes com o seu “comportamento rude”.

Ambas as linhas mias duras e moderadas dentro do Taleban reconheceram Mullah Mohammed Omar como, menos radical, como nova liderança e estão comprometidas com a ideia de um Estado islâmico expurgado de influências ocidentais. Mas as duas facções discordam sobre a forma de alcançar esse objetivo e o grau de conciliação com outros grupos políticos afegãos e da comunidade internacional.

O Taleban minimizou o impacto da renúncia de Zakir sobre um possível processo de paz. “A posição de todos os talebans permanece a mesma para as negociações de paz”, disse Zabiullah Mujahid, porta-voz do grupo terrorista. Mujahid também negou que Zakir tenha sido rebaixado do cargo, alegando que o ex-líder já teria tentando deixar o cargo várias vezes por causa de sua saúde. Fonte: Dow Jones Newswires.