Política

Ciro Gomes critica lucros excessivos do sistema financeiro no País

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O pré-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PDT) criticou nesta quinta-feira, 15, os lucros excessivos do sistema financeiro no País. Durante um debate com empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro, ele afirmou que um dos motivos para que o Brasil tenha dificuldade de crescer é o alto nível de endividamento de famílias e empresas.

Ciro citou que a rentabilidade das tarifas bancárias no ano passado foi de R$ 36 bilhões.

“A economia toda estagnada, e o sistema financeiro tem lucro de 14% acima da inflação. O sistema financeiro tem que ser sólido e líquido, por favor não me confundam, mas não está direito (o lucro excessivo)”, declarou.

O endividamento público também foi lembrado como uma mazela. O presidenciável afirmou que o Brasil tem R$ 4 trilhões em dívida pública, o equivalente a 80% do Produto Interno Bruto (PIB).

“Desses, R$ 1,184 trilhão vêm de operações compromissadas do BC (Banco Central). Operações compromissadas é o nome da nova roubalheira do Brasil. Sem nenhuma transparência”, queixou-se. “Ninguém sabe o que é essa divida pública”, completou.

O pré-candidato disse que a regra de ouro – que impede a contratação de dívidas pelo governo para o pagamento de despesas correntes – é correta, mas que o governo atual não terá condições de cumprir. “Não vai acontecer, é mentira. A regra de ouro virou a regra de ouro dos tolos”, declarou.

Ciro Gomes citou ainda que há um potencial “explosivo” de desequilíbrio na conta externa, puxado por um déficit na balança de produtos manufaturados, o que pode pressionar o câmbio em momento de recuperação da atividade econômica.

Se eleito, ele disse que seria contra privatizações em áreas estratégicas para a segurança do País, como defesa e energia. Ciro prometeu tomar de volta as hidrelétricas leiloadas da Chesf e a Embraer, caso seja vendida para capital estrangeiro. Ele ainda se declarou contra a privatização da Eletrobras e criticou a venda da participação da Petrobras no bloco de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, para a Statoil, estatal petrolífera norueguesa.