Política

Ciro Gomes defende adiamento de dívida de Estados com União

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Como proposta para reformular o modelo de governança política no País, e reafirmar o pacto federativo, o candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, disse há pouco que pretende convocar governadores e propor o vencimento da dívida de Estados e municípios com a União para vinte anos após seu mandato, caso seja eleito.

“Chama os governadores, eu vou pegar a parte da dívida dos municípios e dos Estados que vai vencer nos meus quatro anos e boto para vencer só daqui a 20 anos”, disse em entrevista à Rádio Jornal no Recife, em Pernambuco nesta quinta-feira, 15.

No plano, Ciro explica que deixaria 20% da receita de Pernambuco, por exemplo, “que está indo pra Brasília todo mês”, na mão do governador em troca, e somente se, a bancada federal do Estado “me der a reforma, porque eu preciso reformar a conta pública brasileira”.

O pedetista afirmou que “isso é chave histórica”, e o Brasil sempre acertou a mão quando atuou dessa forma, com “negociação de atacado, em cima da mesa, olhando pra todo mundo, o sol brilhando em cima, nada de futrica, de toma lá dá cá”, completou.

“Eu proponho mudar a interlocução, redesenhar o pacto dos governadores e prefeitos, pegando os Estados que estão quebrados. Eu chamo os governadores e digo “olha está aqui a dívida de vocês, é R$ 600 bilhões, isso é menos de 60% da dívida pública do Brasil (atualmente em R$ 5,804 trilhões). Estou propondo certo? Estou propondo aqui para saber que tem saída, não é fácil e nem canetada, mas é uma nova forma de ver como se organiza a política”, pontuou o presidenciável.

Centrão

Ao ser questionado sobre negociar com o Centrão, Ciro defendeu que o erro não é negociar. “A minha diferença é que eu vou negociar um projeto ao invés de negociar reeleição ou medo de CPI”, ressaltou. “O deputado só respeita, mais do que o lobby, o prefeito e o governador que garante a sobrevivência eleitoral dele, por isso eu vou direto na fonte”.

A troca da renegociação da dívida de Estado e dos município por apoio para aprovar seu projetos, segundo ele, facilitará o investimento, “com isso eu retomo o investimento público para dizer de onde vem os 5 milhões de emprego, mas eu consigo um apoio sistemático para um novo projeto para o País, protegendo o Brasil da desmoralização desse modelo de vender a Presidência da República para esses picaretas que estão dando as cartas no Brasil. Persistindo o impasse, eu não me vendo, eu não vergo a espinha, mando direto ao voto popular por um plebiscito”, concluiu.