Política

CNC vê segundo mandato de Dilma menos intervencionista

Questionado se não seria melhor a presidente Dilma indicar rapidamente o substituto do ministro Guido Mantega, o economista disse que para o curto prazo o Banco Central é mais importante

CNC vê segundo mandato de Dilma menos intervencionista CNC vê segundo mandato de Dilma menos intervencionista CNC vê segundo mandato de Dilma menos intervencionista CNC vê segundo mandato de Dilma menos intervencionista
Carlos Thadeu de Freitas acredita em intervencionismo menor Foto: Divulgação

Rio e São Paulo – O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, disse nesta semana em entrevista ao Broadcast Ao Vivo, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff será menos intervencionista. A previsão do economista, que é ex-diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), parte da disposição demonstrada pela presidente reeleita, pelo menos nos discursos feitos até agora, de dialogar mais, inclusive com o mercado.

“Dialogar mais é bom, mas é pouco para o tamanho do desafio”, ponderou o ex-diretor do BC, acrescentando que não existe “bala de prata” para resolver os problemas da economia. Para Freitas, entre os desafios a serem enfrentados pela presidente Dilma, um dos mais importantes está do lado fiscal. De acordo com ele, não basta ao governo apenas dizer que vai cumprir a meta – é preciso dizer como vai fazer isso. “Entregar o que prometeu é mais importante do que fazer um superávit grande”, reforçou.

Questionado se não seria melhor a presidente Dilma indicar rapidamente o substituto do ministro Guido Mantega na Fazenda, o economista da CNC disse que para o curto prazo o Banco Central é mais importante que o Ministério da Fazenda. “A indicação do ministro da Fazenda é importante para o médio e o longo prazo. Para o curto prazo, o BC é mais importante”, disse o ex-diretor de Política Monetária da autarquia.

Ele disse ainda que o BC conseguiu atrair a confiança do mercado nos últimos anos e que hoje a instituição “tem credibilidade e instrumentos para conter a volatilidade (do mercado)”.

Sobre o possível aumento do preços da gasolina, o economista disse que um ajuste do combustível não colocará em risco a meta de inflação. “O crescimento baixo gera menos pressão no IPCA e deixa espaço para a alta da gasolina”, afirmou. A previsão de Freitas é a de que a inflação encerre este ano em 6,45%.