Prefeito de Vitória falta a desfile cívico-militar da Independência

Com a contribuição de Tiago Alencar

 

Após um hiato de dois anos, por conta da pandemia de Covid-19, Vitória voltou a ser palco do desfile cívico-militar do Dia da Independência na manhã desta quarta-feira (07). O governador Renato Casagrande (PSB), o secretariado, a chefe do Ministério Público do Estado, Luciana Andrade; o superintendente da Polícia Federal, delegado Eugênio Ricas; alguns deputados e autoridades militares compareceram ao evento e estavam no palco das autoridades.

No entanto, foi notada a ausência do prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, e de representantes do município, o que ficou bastante evidente no momento de hasteamento das bandeiras do Brasil, do Espírito Santo e de Vitória.

Coube ao prefeito de Vila Velha, Arnaldinho Borgo, hastear junto com o governador e com militares as bandeiras do Brasil, do Espírito Santo e da capital, o que gerou burburinhos nos bastidores. Questionado sobre a ausência do prefeito da capital, Casagrande amenizou.

“Ele foi convidado, todos os prefeitos foram convidados. O Arnaldinho está aqui, o nosso prefeito de Vila Velha, onde o nosso Estado iniciou, é importante que ele esteja presente. O prefeito (Pazolini) deve ter tido outro compromisso mais importante”, disse Casagrande.

O governador também falou sobre a importância do evento: “É um momento histórico, simbólico. São 200 anos de Independência e depois de dois anos sem desfile. Sabemos que a gente avançou muito em 200 anos, mas temos muito trabalho pela frente para poder, de fato, ser uma sociedade independente”.

Outros políticos foram vistos em meio ao povo que assistia ao desfile, aproveitando para pedir voto e fazer campanha.

Rivalidade política

Não foi só durante a pandemia que o desfile não ocorreu em Vitória. Na gestão do ex-governador Paulo Hartung (2015-2018), os desfiles de 7 de Setembro foram levados para outros municípios do Estado e Vitória ficou sem o evento por quatro anos. Na época, o governador dizia que a decisão de levar o desfile para o interior seria para torná-lo mais acessível aos capixabas. Mas, extraoficialmente, a rixa política entre Hartung e o ex-prefeito da capital Luciano Rezende seria o principal motivo.

As divergências políticas entre Pazolini e Casagrande também seriam a razão da ausência do prefeito da capital no evento. Pazolini e sua assessoria foram questionados pela coluna, mas até o momento ainda não se manifestaram.