Em reunião com novo comando da Ales, governador pede que não haja excessos em debates ideológicos

Casagrande recebe nova Mesa Diretora da Ales / crédito: Adriano Zucolotto

O primeiro ato da nova Mesa Diretora da Assembleia, eleita em chapa única, na tarde desta quarta-feira (01), foi fazer uma visita de cortesia ao governador do Estado, Renato Casagrande (PSB), no Palácio Anchieta.

O convite partiu de Casagrande, num sinal protocolar de boas-vindas e de parceria que o governo quer ter com a Assembleia. O encontro é de praxe e, no caso específico da eleição desse ano, serve para selar a harmonia entre os poderes, após um processo acirrado de disputa pela presidência que, embora tenha terminado em chapa única, deixou algumas sequelas.

Nem todos os componentes da Mesa foram ao encontro com o governador. O deputado Sergio Meneguelli (Republicanos), que esteve rapidamente na sessão da eleição da Mesa, votando primeiro e saindo logo em seguida por conta da sua condição de saúde – ele se recupera de uma cirurgia no intestino – não foi. Ele foi eleito 3º secretário da Mesa.

O deputado Danilo Bahiense (PL), eleito 2º vice-presidente da Assembleia, também não compareceu. Segundo sua assessoria, Danilo já tinha um outro compromisso agendado e frisou que ele dialoga com todas as frentes. O chefe da Casa Civil, Davi Diniz, também participou do encontro.

Excessos ideológicos

Na conversa, Casagrande pediu aos parlamentares governabilidade, em nome do Espírito Santo, e equilíbrio na condução. Para que não haja excessos em nome de debates ideológicos. Porém, se for se basear pela cerimônia de posse, com indiretas de alguns deputados na hora do juramento, a Mesa vai ter trabalho.

Um assessor parlamentar, que assistia a sessão, chegou a comentar que parecia que “a Câmara de Vitória tinha mudado para a Assembleia”, em referência às brigas sem fim do Legislativo. Na posse, só a título de exemplo, o deputado Capitão Assumção (PL) fez o juramento gritando e repetiu lema do bolsonarismo: “Deus, pátria, família e liberdade”.

Já Iriny Lopes (PT), em sua vez, fez questão de frisar que tomava posse em nome da democracia e arrematou com um “anistia, não”, que também tem se tornado uma espécie de lema da esquerda com relação à punição de eventuais crimes de bolsonaristas.

Antes do grupo ir ao Palácio, Marcelo reuniu todos em seu gabinete, onde também recebeu os cumprimentos de outros colegas. Na próxima semana, mais precisamente na terça-feira, será feita a composição das comissões temáticas.

Davi, Adilson, Janete, Casagrande, Marcelo, Coser e Hudson / crédito: Bruno Fritz

 

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