ENTREVISTA: “Acabou o debate de conteúdo, virou uma política de narrativas”, diz Vidigal

Prefeito Sergio Vidigal

O prefeito da Serra, Sergio Vidigal (PDT), entra no último ano do seu quarto mandato anunciando novos projetos – segundo ele, a Serra terá R$ 1,7 bilhão de investimentos em 2024 –, concursos com 1.500 vagas e um reforço na Segurança Pública, com a Guarda passando a funcionar 24h e com mais agentes.

Todos esses anúncios foram divulgados pelo prefeito durante entrevista para a coluna De Olho no Poder, que esta semana faz uma série de entrevistas com os prefeitos da Grande Vitória sobre os desafios dos municípios neste último ano de mandato, que também é eleitoral.

Vidigal atualizou em que pé está a municipalização de um trecho da BR-101, que ficará a cargo da Prefeitura, e anunciou que dará ordem de serviço no próximo dia 18 para uma obra de quase R$ 100 milhões que irá ligar o Civit 1 à BR-101, para desafogar o trânsito na Norte-Sul.

Também anunciou que até o próximo dia 30 será aberto um novo pronto-socorro pediátrico, no Hospital Materno Infantil. Médico, fez elogios à própria gestão na área da Saúde: “Não tem nenhum sistema de saúde melhor que o da Serra”.

No campo político, Vidigal contou como começaram as rusgas com o seu vice-prefeito, Thiago Carreiro (União), com quem hoje não tem relação nenhuma. O vice virou opositor da gestão, nunca assumiu a prefeitura e, se depender de Vidigal, nem irá assumir neste restante de mandato.

Já com relação aos embates com o deputado Pablo Muribeca (Republicanos), que é pré-candidato a prefeito da Serra e faz uma oposição ferrenha contra Vidigal, o prefeito negou que tenha algo contra o parlamentar, afirmando inclusive que nunca gastou “nem 10 segundos” falando mal dele. Porém, não poupou alfinetadas:

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“O Brasil acabou com o debate de conteúdo, virou uma política de narrativas. Ninguém avalia a capacidade de desempenho de um gestor, avalia a narrativa. A ultima eleição foi um debate de costumes, como se debater costumes resolvesse o problema de colocar o pão na mesa, de garantir emprego para alguém, de ter uma saúde de qualidade. (…) Já fui oposição, mas sempre soube os meus limites”, disse o prefeito.

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Ele também fez a defesa de que a Serra tem uma história que precisa ser defendida, mas evitou cravar se será ele a defender esse legado nas urnas em outubro. Disse que define ainda neste mês se será ou não candidato à reeleição, mas deixou sinais:

“Ainda em janeiro falaremos sobre essa pauta. Eu sempre fui um homem previsível, não sou de dar seta para a direita e entrar para a esquerda, não sou de falar uma coisa de manhã e à tarde esquecer. Tudo aquilo que eu falei, guardem. E, no momento certo, a gente vai falar. Eu me sinto com o dever cumprido na cidade”.

Veja a entrevista completa com o prefeito Sérgio Vidigal:

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