O governador Renato Casagrande (PSB) afirmou que não há tratativas sobre mudanças no secretariado. A fala vem após o deputado estadual Tyago Hoffmann (PSB) se colocar à disposição para voltar a ser secretário, conforme noticiado pela coluna De Olho no Poder nesta sexta-feira (29).
“Não tem nenhuma conversa sobre mudança no governo”, diz a curta nota enviada à coluna pelo governador, por meio de sua assessoria de imprensa, na tarde de hoje, após ser questionado sobre uma reforma no secretariado.
Casagrande colocou um freio, ao menos por enquanto, nas especulações de que Tyago poderia voltar ao 1º escalão do Palácio Anchieta. Não admitiu e nem descartou, mas deixou claro que, no momento, essa não é a prioridade.
Em conversa com a coluna, o deputado – que é presidente da Comissão de Finanças, relator do Orçamento do Estado de 2025 e vice-líder do governo na Ales – disse que teria disponibilidade para voltar ao secretariado, desde que a pasta a ser assumida tivesse uma boa estrutura.
“Estou à disposição para voltar a ser secretário. Se o governador disser que precisa de mim e se a pasta tiver estrutura, tenho disponibilidade”, disse Tyago, que é pré-candidato a deputado federal e precisa de visibilidade para concorrer de forma competitiva em 2026.
O questionamento sobre o secretariado surgiu depois que interlocutores do Palácio Anchieta afirmaram à coluna, sob reserva, que o governador estaria para fazer uma reforma no time após a eleição da Mesa Diretora da Ales (em fevereiro). Em mandatos anteriores, Casagrande já mexeu no secretariado no segundo biênio da gestão.
Aliado do governador, o nome de Tyago, então, passou a ser cotado, nos bastidores e nos corredores do Palácio Anchieta e da Assembleia, como um possível integrante dessa reforma.
Tyago já foi secretário de Casagrande. No mandato anterior, esteve à frente da antiga Secretaria Estadual de Inovação e Desenvolvimento (Sectides) – que foi desmembrada e transformada em duas pastas: a Secretaria de Inovação, comandada por Bruno Lamas, e a Secretaria de Desenvolvimento, com o vice-governador Ricardo Ferraço à frente.
Tyago não revelou qual secretaria teria interesse de assumir, mas a simples menção de voltar ao governo já deixou Bruno Lamas com a pulga atrás da orelha. Isso porque Bruno é suplente de Tyago na Assembleia. Se Tyago deixar o Legislativo para voltar ao governo, o mais provável é que Bruno saia da Secretaria e assuma a cadeira na Assembleia.
“Minha prioridade é seguir o trabalho na Secti (Secretaria de Inovação)”, disse Bruno, ontem, ao ser questionado pela coluna, dando a entender que não tem interesse em ir para a Assembleia.
Mesmo os dois sendo do mesmo partido do governador (PSB), hoje parece improvável que Tyago e Bruno ocupem o 1º escalão do governo ao mesmo tempo.
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