Delação afetará mais Dilma, creem aliados de Marina Delação afetará mais Dilma, creem aliados de Marina Delação afetará mais Dilma, creem aliados de Marina Delação afetará mais Dilma, creem aliados de Marina

Brasília – Aliados da candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) avaliam que a delação premiada feita pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa não deve atingir a campanha do PSB como afetará a da adversária Dilma Rousseff (PT). Para os apoiadores da ex-senadora, o mencionado envolvimento do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos carece de sustentação e quem deve dar explicações sobre o suposto esquema de corrupção na estatal é governo petista.

Na última sexta-feira, 5, representantes de partidos da coligação participaram da reunião do conselho político de Marina, em São Paulo. A ideia era traçar a estratégia da campanha em meio aos ataques dos adversários e, principalmente, rebater o discurso de que a candidata é contra a exploração de petróleo da camada pré-sal. Com a revelação dos primeiros depoimentos de Costa na Operação Lava Jato – que incluíam Campos no esquema de propina – os aliados concluíram que a citação ao ex-governador não apresenta “fatos concretos”.

O discurso da campanha sobre a menção ao ex-governador é de que o ex-candidato à Presidência não comandava a estatal e não era o responsável pelas obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, portanto não pode ser envolvido nas denúncias. “Vamos trabalhar para preservar a imagem do Eduardo”, declarou o secretário de Organização do PPL, Miguel Manso.

Os apoiadores de Marina consideram que a delação premiada reforça a tese do “desmantelamento” na administração da estatal. “As denúncias comprometem o PT. Quem praticou efetivamente os crimes foram os governos Lula e Dilma”, disse o deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS. “Afeta a Dilma muito mais”, afirmou Manso.

Segundo levantamentos internos feitos pela campanha, os ataques dos adversários e a delação premiada não causaram prejuízo às intenções de voto. De acordo com os dados, Marina se mostra consolidada junto ao eleitorado. No entanto, os aliados decidiram que é preciso reagir à desconstrução da candidatura e condenar publicamente a tentativa de “baixar o nível” da campanha.

Não à toa, Marina divulgou ontem um “pronunciamento” pelo Dia da Independência em que diz que é preciso “liberar o Estado brasileiro da corrupção, do loteamento de cargos, da apropriação indevida das instituições públicas e também do uso de meios oficiais para caluniar e destruir adversários políticos”. Na mensagem assinada pela ex-senadora e seu vice de chapa, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), Marina diz que enquanto mentiras são propagadas contra ela, “a Petrobras é destruída pelo uso político, apadrinhamento e corrupção”.