Crédito para hospitais filantrópicos do Estado deve ser votado na Assembleia após feriado

Sujeitos a baixar as portas por conta da dívida que o governo do Estado ainda não quitou e deixar milhares de pessoas sem atendimento, hospitais filantrópicos do Espírito Santo aguardam a aprovação da liberação de R$ 58 milhões que deve passar pela aprovação da Assembleia Legislativa na próxima quarta-feira (22).

O governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB), solicitou ao presidente da Ales, Theodorico Ferraço (DEM), que fosse suspenso o ponto facultativo de parlamentares e servidores para que o projeto de liberação de verba para os filantrópicos pudesse ser discutido em regime de urgência nesta segunda-feira (20).

A falta de quórum na sessão impediu que o projeto fosse discutido, mas os deputados fizeram a leitura dele.

A previsão é que na sessão de quarta-feira haja a discussão e a votação do projeto.

Os hospitais filantrópicos do Estado ameaçaram fechar e deixar uma parcela de pacientes de oncologia que precisavam de tratamento quimioterápico e de homodiálise sem atendimento, já que 43 dessas instituições fazem o atendimento de 90% desses caso.

Agora hospitais e médicos deverão aguardar, ansiosos, o resultado de mais uma votação sobre o assunto. Em audiência pública realizada em março, o presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo (Fehopes), Luiz Nivaldo da Silva, deu detalhes da situação enfrentadas pelas instituições.

“Temos um déficit financeiro passado, eu tenho um custo de 100 e só recebo 60. Não temos tido reajustes em função de serviços novos incorporados e precisamos fazer recuperação de valores, mas este ano estamos fazendo redução”. 

O líder do governo, deputado Gildevan Fernandes (PV), explicou que na quarta-feira serão necessárias duas sessões, uma ordinária para votar a urgência nas Comissões de Justiça, Cidadania, Saúde e Finanças e uma extraordinária para votar o projeto.

“Além de quitar dívida com hospitais filantrópicos, o projeto também deve autorizar o governo realizar o pagamento a hospitais particulares que realizam atendimentos eventuais”, explicou o parlamentar.